Em um ato carregado de simbolismo, ativistas feministas lançaram fumaça rosa nos céus de Roma. O protesto, realizado próximo ao Vaticano, buscou denunciar a ausência de mulheres no conclave evento responsável por eleger o novo papa. Com isso, o grupo trouxe à tona um debate que há séculos incomoda fiéis e teólogos: por que a Igreja Católica continua a excluir as mulheres de seus espaços de decisão?
Enquanto a fumaça sobe, a tradição se mantém
Embora o mundo avance em diversas pautas sociais, a estrutura da Igreja permanece inalterada quando se trata de igualdade de gênero. O protesto foi coordenado pela Conferência de Ordenação de Mulheres, organização que há anos exige mudanças concretas no clero. Segundo a diretora-executiva do grupo, Kate McElwee, a ausência feminina não é apenas uma omissão, mas sim um escândalo institucional. “Por isso estamos aqui, levantando a fumaça rosa como um sinal de esperança. A Igreja precisa mudar, e mudar rápido”, afirmou.
Além do gesto visual, uma crítica à hierarquia
Ao contrário da tradicional fumaça branca que sinaliza a escolha de um novo papa, a cor rosa carrega uma crítica direta à estrutura clerical. Ao utilizar essa simbologia, as manifestantes buscaram transformar um ritual antigo em uma ferramenta de pressão contemporânea. Além disso, o local escolhido para a ação, com vista direta à cúpula de São Pedro, reforçou o contraste entre os símbolos da fé e as vozes que pedem renovação.
Ao redor do mundo, o coro por mudanças cresce
Não por acaso, movimentos semelhantes ganham força em diversos países. Grupos como o Catholic Women’s Council já somam milhares de s em petições por reformas estruturais, como o direito ao voto em sínodos e a ordenação feminina. Ainda que o Papa Francisco tenha promovido avanços istrativos, como nomeações de mulheres para cargos no Vaticano, o núcleo do poder os sacramentos e a sucessão papal continua fechado a elas. Dessa forma, o protesto da fumaça rosa marca não apenas um gesto de resistência, mas também um alerta sobre a urgência da transformação institucional.
Perguntas frequentes
Até agora, o Vaticano mantém a negativa, embora setores progressistas defendam mudanças.
A resposta está enraizada na tradição e na interpretação literal dos evangelhos.
A presença feminina em cargos de liderança traria novas perspectivas pastorais e poderia aproximar a Igreja de grupos historicamente marginalizados.