O Pantanal mato-grossense revelou mais uma de suas cenas selvagens intensas. O cinegrafista Octavio Campos Salles registrou, com riqueza de detalhes, o momento em que um grupo de ariranhas atacou e devorou mussuns — peixes de corpo alongado que vivem enterrados no lodo das margens.
As imagens, feitas em close, destacam a estratégia e a força das ariranhas, que não hesitam ao agir como predadoras ágeis e coordenadas. O flagrante já circula pelas redes sociais e chama a atenção de especialistas em fauna silvestre pela complexidade do comportamento capturado.
Ariranhas demonstram habilidade letal
As ariranhas (Pteronura brasiliensis), conhecidas como “lobas do rio”, exibem comportamento social avançado e caçam em grupo com eficiência. No vídeo, os animais localizam os mussuns, cercam as presas e as capturam com movimentos rápidos e certeiros.
Cada ariranha morde com precisão. Os dentes afiados rasgam o corpo do peixe em segundos, e o grupo consome a presa no próprio local da caça. A cena impressiona pela sincronia e pela força, características que tornam as ariranhas grandes predadoras dos ambientes aquáticos.
O mussum (Synbranchus marmoratus), apesar de ágil e escorregadio, não escapa quando as ariranhas o localizam. O peixe se esconde na lama, mas as ariranhas usam o faro e a audição apurada para encontrá-lo.
Imagens reforçam o alerta sobre o futuro do Pantanal
O registro de Octavio Salles vai além da estética natural. Ao mostrar o comportamento predador das ariranhas, ele expõe a urgência da proteção ao bioma pantaneiro. Cientistas e ambientalistas reforçam que preservar espécies como a ariranha exige ações coordenadas de conservação, combate às queimadas e fiscalização ambiental.
Perguntas frequentes
Elas caçam peixes, principalmente mussuns, além de pequenos répteis e crustáceos.
Não costumam atacar pessoas, mas defendem seu território se se sentirem ameaçadas.
Porque caçam em grupo com estratégia e voracidade, como lobos na terra.