Foragido por feminicídio morre em acidente e identidade só é descoberta após tentativa de resgate

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A morte de um caminhoneiro em Juína (MT), na última sexta-feira (28), revelou um ado sombrio e escondido por quase duas décadas. Otelino Batista Reis capotou o caminhão carregado de madeira que dirigia e morreu no local. Então, após as autoridades confirmarem sua identidade, descobriram que ele vivia como foragido da Justiça desde 2006, quando assassinou a própria esposa a facadas em Minas Gerais.

Em 27 de janeiro de 2006, Otelino matou Adriana Ferreira Machado Reis, sua esposa, com cinco golpes de faca. Ele invadiu o salão de beleza onde ela trabalhava, em Betim (MG), e cometeu o crime diante da filha do casal, que tinha 16 anos. Otelino não aceitou o fim do casamento e agiu movido por ciúmes. Quinze dias antes do assassinato, a Justiça determinou que ele deixasse a casa da família, o que aumentou sua fúria. Por isso, ocaso ganhou repercussão nacional e apareceu no programa Linha Direta, da TV Globo, que buscava ajudar na captura de foragidos perigosos.

Estratégia para despistar a polícia

Após o crime, Otelino fugiu e ou a viver com uma identidade levemente alterada. Ele trocou “Reis” por “Ries” em sua carteira de motorista e assumiu o apelido de “Gordo” ou “Buda”. Dessa forma, atuando como caminhoneiro, ele usava a profissão como forma de se deslocar por diferentes estados sem chamar atenção. Então, a rotina nas estradas e o nome modificado permitiram que ele escae da polícia por 19 anos.

Acidente expõe identidade oculta

No dia 28 de março de 2025, o caminhão que Otelino dirigia capotou na MT-170, próximo a Juína, e o impacto tirou sua vida na hora. Logo, ao analisarem os documentos e checarem dados biométricos, os investigadores descobriram que o motorista morto era, na verdade, um homicida foragido. Assim, a morte encerrou uma longa fuga e trouxe à tona um crime que permaneceu sem solução por quase duas décadas.

Perguntas frequentes

1. Por que Otelino nunca foi preso após o assassinato?
Ele usou documentos com nome levemente alterado e se manteve em constante deslocamento como caminhoneiro.

2. Como ele escondeu sua verdadeira identidade por tanto tempo?
Ele trocou uma letra do sobrenome e viveu com apelidos, o que dificultou o reconhecimento pelas autoridades.

3. O que chamou a atenção da polícia após o acidente?
A polícia identificou inconsistências nos documentos e confirmou a identidade verdadeira por meio de exames.

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