Katy Perry embarcou em uma viagem suborbital a bordo do foguete New Shepard, da empresa Blue Origin. Contudo, o que chamou ainda mais atenção foi a presença de plantas brasileiras na missão. Junto com outras cinco mulheres, a cantora levou sementes de grão-de-bico e raízes de batata-doce desenvolvidas pela Embrapa. O objetivo foi claro: entender como essas espécies se comportam em ambiente espacial.
Brasil testa alimentos no espaço com foco em Marte
Por um lado, os cientistas escolheram a batata-doce por sua capacidade de produzir compostos antioxidantes que ajudam a combater os efeitos da radiação. Por outro, o grão-de-bico entrou na missão por seu alto valor proteico. Ambas as plantas se adaptam bem a ambientes com recursos escassos, o que as torna excelentes candidatas para cultivo em naves espaciais e colônias lunares.
Além disso, essas culturas apresentam crescimento rápido e exigem poucos insumos, o que facilita a produção de alimentos em locais onde a água e o solo fértil são limitados. Desse modo, o experimento brasileiro assume papel de destaque nas pesquisas sobre agricultura interplanetária.
Microgravidade pode mudar as plantas: e isso é uma boa notícia
Após a missão, os pesquisadores brasileiros vão examinar possíveis alterações genéticas provocadas pela microgravidade. Espera-se que essas mudanças revelem traços positivos, como maior resistência ou ganho nutricional. Se confirmarem essa hipótese, os resultados poderão ajudar na criação de variedades mais eficientes para uso no espaço e também aqui na Terra.
Além do impacto nas viagens espaciais, a pesquisa pode gerar avanços importantes para a agricultura sustentável. Ou seja, ao estudar plantas no espaço, a ciência também busca soluções para os desafios da produção de alimentos em um planeta cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas.
Do espaço ao prato: inovação que pode alimentar o futuro
Embora o foco inicial do experimento tenha sido o ambiente espacial, a aplicação prática não se limita ao cosmos. Na verdade, os dados colhidos poderão auxiliar no desenvolvimento de cultivares mais nutritivas e resistentes para uso agrícola no Brasil.
Consequentemente, a batata-doce que viajou com Katy Perry pode, em breve, ganhar as lavouras brasileiras com mais vigor e menos necessidade de água. Assim, a missão espacial reforça o papel da ciência nacional na busca por segurança alimentar e soluções inovadoras diante de um cenário global desafiador.
Perguntas frequentes
Porque ela contém antioxidantes que ajudam a proteger o organismo da radiação cósmica.
Eles buscam identificar mutações genéticas positivas que possam ser úteis para cultivo fora da Terra.
Pode gerar novas variedades agrícolas mais nutritivas e resistentes à seca, beneficiando diretamente a produção nacional.