um episódio inusitado chamou a atenção no Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Um homem, ao ser flagrado furtando uma peça de picanha em um supermercado, tentou escapar da responsabilidade de forma inesperada. Ele escondeu a carne dentro da cueca e, ao ser abordado pela segurança, decidiu cair no chão e simular um desmaio. Como resultado, a cena causou espanto entre os clientes, que rapidamente começaram a registrar a ação com seus celulares.
Embora o teatro tenha surpreendido, a Polícia Militar foi acionada de imediato
Quando os agentes chegaram ao local, o homem manteve a encenação, tentando convencer os policiais de um possível mal súbito. Entretanto, após breve avaliação, os militares constataram a farsa. Ele foi detido e encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.
Furtos de carne crescem em todo o país
Atualmente, furtos de alimentos de alto valor, como a carne bovina, têm se tornado cada vez mais frequentes nos supermercados brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), produtos como picanha, bebidas alcoólicas e eletrônicos lideram o ranking dos itens mais visados. Esse aumento, por sua vez, é atribuído à elevação dos preços e à insegurança alimentar vivida por milhões de brasileiros.
Além disso, muitos estabelecimentos têm adotado medidas mais rigorosas de segurança. Entre elas estão o uso de câmeras com inteligência artificial, seguranças à paisana e sistemas de alarme. Apesar desses esforços, casos como o ocorrido em Santa Catarina revelam o quanto a criatividade de alguns infratores ainda desafia a vigilância.
Simular desmaio: desespero ou estratégia falha?
Embora a tentativa de ludibriar as autoridades com um desmaio falso possa parecer uma saída esperta, na prática, ela não impede a responsabilização. Pelo contrário: especialistas em direito penal alertam que esse tipo de conduta pode ser interpretado como tentativa de obstrução da justiça. Portanto, mesmo com a encenação, o homem poderá responder criminalmente por furto, conforme o artigo 155 do Código Penal.
Em resumo, o caso evidencia não apenas a ousadia dos furtos atuais, mas também o desafio crescente enfrentado pelo setor varejista. A teatralidade do ato, no entanto, não foi suficiente para evitar o desfecho inevitável: a delegacia.
Perguntas frequentes
Porque é um item de alto valor, fácil de esconder e muito desejado.
Não. A polícia costuma identificar simulações com facilidade.
Uso de inteligência artificial, reconhecimento facial e seguranças disfarçados.