A lista de modelos ou marcas com problemas crônicos e bem específicos, no entanto, é bem longa. Portanto, antes de ter um dos carros abaixo, seja muito amigo do seu mecânico, porque você vai precisar.
Listamos abaixo dez casos em que o dono (ou futuro proprietário) deve ficar atento antes de fechar negócio. E/ou já fazer amizade com um mecânico de confiança.
Válvula do ar quente – Ford Ka/Fiesta/EcoSport

O sistema de ventilação forçada usa o próprio fluido de arrefecimento do veículo para esquentar o ar que entra na cabine.
Não é (nada) incomum, porém, que a válvula que faz o controle do fluido para o sistema trave nos Ford Ka, Fiesta e EcoSport.
Geralmente o reparo envolve a troca completa da peça, que pode custar quase R$ 200 (fora a mão de obra).
Superaquecimento do óleo do câmbio – Nissan Sentra/Mitsubishi Lancer

Câmbios automáticos em geral – sobretudo os do tipo CVT – são extremamente sensíveis à variação de viscosidade do óleo que lubrifica o conjunto.
Por isso, é comum que as fabricantes incluam no projeto do veículo um radiador específico para esse fluido.
Não é o caso do Nissan Sentra de penúltima geração e do Mitsubishi Lancer vendido no Brasil.
Por conta disso, não faltam relatos de donos reclamando de desempenho ruim e ruído elevado do câmbio, quase sempre solucionado com a inclusão do trocador de calor.
O problema é o custo da mudança, que pode superar os R$ 1.000 no sedã da Nissan.
Pneu frágil, Parte 1 – Volkswagen Golf/Mercedes-Benz Classe A

Carro vendido no Brasil precisa, basicamente, ser projetado para ser praticamente um fora de estrada.
Só que, quando começou a ser vendido no país, o novo Volkswagen Golf importado da Alemanha não recebeu pneus adequados ao nosso asfalto lunar.
A baixa robustez dos compostos diante de buracos se mostrou na forma de diversas bolhas nos pneus do Golf do Longa Duração. E, de quebra, no nosso Mercedes-Benz Classe A.
A solução é cara, mas definitiva: trocar os pneus originais, com índice de carga menor, por modelos com as mesmas medidas, mas aptos a levar mais peso.
Direção elétrica – Hyundai i30/Veloster

Em 2011 ficou famoso um vídeo onde o então presidente do Grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, elogiava a regulagem da coluna de direção do Hyundai i30, concorrente do Golf.
O que o executivo não sabia é que, pelo menos no Brasil, a geração anterior do hatch (e outros modelos da Hyundai/Kia) teria justamente no volante um de seus maiores pontos fracos.
A culpada é uma pequena engrenagem de borracha responsável por reduzir o atrito do motor elétrico que faz a assistência da direção.
O componente se deteriora rapidamente, especialmente em veículos que rodam a maior parte do tempo em trânsito urbano, onde a direção é usada com mais frequência.
O resultado é um ruído ao virar o volante e até dificuldade de esterçamento.
O reparo envolve a troca da engrenagem, que pode custar menos de R$ 100.
Mas o problema é a mão de obra, que envolve a desmontagem de parte da coluna de direção e do do veículo.
Você tem ou já teve algum desses veículos? Apresentaram os problemas acima?
Via Quatro Rodas