Um protesto silencioso tomou conta da Feira da Família, em frente à Prefeitura de Várzea Grande, nesta segunda-feira. Feirantes que dependem do espaço para garantir seu sustento foram impedidos de trabalhar por problemas de organização. O caso, levado à sessão ordinária da Câmara Municipal, reacendeu o debate sobre o valor econômico e cultural das feiras livres para a cidade.
Falta de estrutura: por que os feirantes estão sendo expulsos?
Os trabalhadores relataram que não houve aviso prévio sobre a impossibilidade de montar suas barracas. Muitos chegaram de madrugada, carregaram mercadorias e perderam o dia de venda sem qualquer compensação. Em cidades vizinhas, como Cuiabá, feirantes têm locais fixos e regras claras para funcionamento. Em Várzea Grande, a ausência de um planejamento mínimo gera insegurança para quem vive do comércio informal.
Impacto econômico: quanto a cidade perde com a desorganização?
Feiras livres movimentam milhões por ano e ajudam a escoar a produção agrícola local. Sem espaço garantido, muitos feirantes migram para outras cidades ou desistem do negócio, reduzindo a oferta de alimentos frescos e íveis. Além disso, a informalidade dificulta a arrecadação de impostos e o controle sanitário. Será que a prefeitura está perdendo uma oportunidade de organizar e fortalecer esse setor?
Política e pressão: quem defende os feirantes de verdade?
O discurso de apoio aos feirantes é comum entre vereadores, mas ações concretas são raras. Enquanto alguns cobram da prefeitura uma solução imediata, outros sugerem que a Câmara Municipal crie um projeto de lei para garantir direitos básicos, como:
- Locais fixos e seguros
- Aviso prévio em caso de interdições
- Apoio para regularização
A questão é: haverá vontade política para transformar as palavras em medidas efetivas?
Perguntas e respostas
1. Os feirantes serão indenizados pelo prejuízo?
Não há previsão, mas a pressão política pode mudar esse cenário.
2. Existe um projeto para melhorar a estrutura das feiras?
Algumas propostas estão em discussão, mas nada foi aprovado até agora.
3. Como a população pode ajudar?
Apoiando os feirantes locais e cobrando das autoridades soluções permanentes.
A situação dos feirantes de Várzea Grande é um reflexo de um problema maior: a falta de planejamento urbano e valorização do pequeno comerciante.