Faxineiras paralisam escolas por salários atrasados e protestam contra empresa. Veja vídeo:

Funcionárias responsáveis pela limpeza das escolas municipais do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, paralisaram seus serviços nesta segunda-feira (11/11) em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. Desde o dia 6 de novembro, data que marcou o quinto dia útil do mês, as trabalhadoras aguardam o depósito de R$ 1.500, correspondente ao salário do mês. As faxineiras são empregadas da Soluções Serviços Terceirizados, empresa responsável pela limpeza de 41 escolas municipais na região.

As funcionárias relataram que decidiram interromper os serviços após a empresa terceirizada fazer repetidas promessas sem cumprir o pagamento. Segundo elas, a empresa não conseguiu regularizar os salários, o que motivou a paralisação. Insatisfeitas com a situação e temendo a possibilidade de um rompimento de contrato, as funcionárias planejam um protesto em frente à sede da empresa, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Medo de rompimento de contrato aumenta incertezas

As trabalhadoras manifestaram sua preocupação com a possibilidade de um rompimento do contrato, algo que tem sido comum entre empresas terceirizadas de São Paulo. Segundo uma das funcionárias que preferiu não se identificar, o atraso no pagamento gerou desconfiança em relação à situação financeira da empresa. “Eles estão enrolando a gente. Estão sem dinheiro para nos pagar”, relatou a trabalhadora, refletindo o temor das colegas de que a Soluções Serviços Terceirizados possa encerrar o contrato.

A paralisação das faxineiras afeta diretamente o funcionamento das escolas municipais da região, uma vez que os serviços de limpeza são essenciais para a manutenção das instalações e a segurança sanitária dos estudantes e funcionários. Pais e professores têm demonstrado preocupação com as condições de higiene dos ambientes escolares, que agora permanecem sem limpeza devido à paralisação.

Resposta da prefeitura e medidas adotadas

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), já notificou a empresa terceirizada sobre o atraso nos pagamentos. A SME destacou que a empresa pode sofrer penalidades que incluem multa e até rescisão do contrato caso o problema persista. Para minimizar os impactos da paralisação nas escolas, a Secretaria também solicitou o envio de funcionários substitutos. Então, acionou contratos de outras empresas para assegurar a continuidade dos serviços de limpeza e o bem-estar dos estudantes.

Portanto, a Prefeitura busca uma solução rápida para o problema e destacou seu compromisso em manter o atendimento nas unidades escolares de Campo Limpo. A SME reforçou que a Soluções Serviços Terceirizados deve cumprir suas obrigações contratuais e que o não pagamento dos salários configura uma violação grave.

Impacto nas escolas e repercussão da paralisação

Com a paralisação, a falta de limpeza nas escolas do Campo Limpo tem gerado descontentamento entre a comunidade escolar. Por isso, pais de alunos e funcionários das escolas expressam preocupação com a ausência dos serviços de faxina, especialmente em um momento onde a higienização dos espaços escolares é essencial para a prevenção de doenças e o bem-estar das crianças.

Além de ser um problema de saúde pública, a situação também levanta questões sobre a confiabilidade e sustentabilidade do sistema de terceirização de serviços essenciais. Assim, a situação evidencia a fragilidade desse modelo de contratação, que muitas vezes deixa os trabalhadores expostos a atrasos e incertezas.

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