Funcionárias responsáveis pela limpeza das escolas municipais do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, paralisaram seus serviços nesta segunda-feira (11/11) em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. Desde o dia 6 de novembro, data que marcou o quinto dia útil do mês, as trabalhadoras aguardam o depósito de R$ 1.500, correspondente ao salário do mês. As faxineiras são empregadas da Soluções Serviços Terceirizados, empresa responsável pela limpeza de 41 escolas municipais na região.
Faxineiras paralisam escolas por salários atrasados e protestam contra empresa. pic.twitter.com/JDEaoeQqN6
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 12, 2024
As funcionárias relataram que decidiram interromper os serviços após a empresa terceirizada fazer repetidas promessas sem cumprir o pagamento. Segundo elas, a empresa não conseguiu regularizar os salários, o que motivou a paralisação. Insatisfeitas com a situação e temendo a possibilidade de um rompimento de contrato, as funcionárias planejam um protesto em frente à sede da empresa, localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Medo de rompimento de contrato aumenta incertezas
As trabalhadoras manifestaram sua preocupação com a possibilidade de um rompimento do contrato, algo que tem sido comum entre empresas terceirizadas de São Paulo. Segundo uma das funcionárias que preferiu não se identificar, o atraso no pagamento gerou desconfiança em relação à situação financeira da empresa. “Eles estão enrolando a gente. Estão sem dinheiro para nos pagar”, relatou a trabalhadora, refletindo o temor das colegas de que a Soluções Serviços Terceirizados possa encerrar o contrato.
A paralisação das faxineiras afeta diretamente o funcionamento das escolas municipais da região, uma vez que os serviços de limpeza são essenciais para a manutenção das instalações e a segurança sanitária dos estudantes e funcionários. Pais e professores têm demonstrado preocupação com as condições de higiene dos ambientes escolares, que agora permanecem sem limpeza devido à paralisação.
Resposta da prefeitura e medidas adotadas
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), já notificou a empresa terceirizada sobre o atraso nos pagamentos. A SME destacou que a empresa pode sofrer penalidades que incluem multa e até rescisão do contrato caso o problema persista. Para minimizar os impactos da paralisação nas escolas, a Secretaria também solicitou o envio de funcionários substitutos. Então, acionou contratos de outras empresas para assegurar a continuidade dos serviços de limpeza e o bem-estar dos estudantes.
Portanto, a Prefeitura busca uma solução rápida para o problema e destacou seu compromisso em manter o atendimento nas unidades escolares de Campo Limpo. A SME reforçou que a Soluções Serviços Terceirizados deve cumprir suas obrigações contratuais e que o não pagamento dos salários configura uma violação grave.
Impacto nas escolas e repercussão da paralisação
Com a paralisação, a falta de limpeza nas escolas do Campo Limpo tem gerado descontentamento entre a comunidade escolar. Por isso, pais de alunos e funcionários das escolas expressam preocupação com a ausência dos serviços de faxina, especialmente em um momento onde a higienização dos espaços escolares é essencial para a prevenção de doenças e o bem-estar das crianças.
Além de ser um problema de saúde pública, a situação também levanta questões sobre a confiabilidade e sustentabilidade do sistema de terceirização de serviços essenciais. Assim, a situação evidencia a fragilidade desse modelo de contratação, que muitas vezes deixa os trabalhadores expostos a atrasos e incertezas.