Nessa semana a Polícia Civil do Amazonas prendeu, Sophia Livas de Morais Almeida, de 32 anos, acusada de se ar por médica especializada em cardiopatia infantil.
Imagens registradas mostram o momento de sua prisão; veja vídeo:
A prisão
Com formação apenas em Educação Física e mestrado em Ciências da Saúde, Sophia criou um currículo falso, atendia pacientes — incluindo crianças autistas — e receitava medicamentos controlados, sem qualquer autorização legal.
A prisão aconteceu enquanto ela se exercitava em uma academia de alto padrão, na zona Centro-Sul de Manaus. A investigação revelou que ela utilizava jalecos com nomes de hospitais, documentos médicos e carimbos de profissionais reais, incluindo um obtido dentro do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), onde foi aluna de mestrado. O hospital informou que ela nunca atuou como médica na unidade.
Redes sociais
Sophia se infiltrou em grupos de profissionais da saúde, e ministrou aulas em cursos de pós-graduação. Ela chegou a se apresentar como representante de um congresso de neurocirurgia previsto para julho, em Manaus.
Para fortalecer sua falsa reputação, ela mantinha perfis ativos nas redes sociais, onde publicava fotos em plantões e ao lado de pacientes. Em uma das postagens, afirmou ser sobrinha do prefeito David Almeida. A Prefeitura de Manaus desmentiu a informação e esclareceu que ela apenas tirou selfies com o gestor durante eventos públicos.
Medidas tomadas
A polícia também encontrou, na casa da suspeita, medicamentos do SUS, receituários, documentos falsificados e provas de que ela já havia tentado intimidar pacientes que a denunciaram. A Justiça decretou sua prisão preventiva. Ela vai responder por exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica, curandeirismo, estelionato contra vulneráveis, entre outros crimes.
Perguntas frequentes:
Ela obteve um carimbo dentro do HUGV, onde usou o nome de uma médica com prenome semelhante.
Sim, ela receitou remédios controlados a, pelo menos, duas crianças autistas.
Não. A prefeitura negou qualquer vínculo e disse que fotos foram tiradas em locais públicos.