O senador Wellington Fagundes (PL) fez duras críticas ao Governo Federal, acusando-o de “enganar” sua base aliada no Congresso ao prometer recursos em troca de apoio para aprovar projetos como a reforma tributária. Segundo o parlamentar, após o empenho de emendas parlamentares ser suspenso por supostas irregularidades, o governo demonstrou desprezo por seus aliados e pelas populações mais vulneráveis.
Suspensão de emendas e frustração da base aliada
O imbróglio começou no dia 30 de dezembro, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, rejeitou o pedido do Senado para liberar o pagamento de emendas parlamentares indicadas pelos líderes partidários. Com a decisão, apenas os recursos empenhados até 23 de dezembro foram autorizados, deixando R$ 4,2 bilhões bloqueados.
Fagundes criticou o governo por usar a promessa de liberação de recursos para obter apoio na aprovação de pautas controversas. “Prometeram liberar recursos para votar matérias amargas, como a reforma tributária, e o que aconteceu? Nada. Agora o governo está rindo da sua própria base”, afirmou o senador.
“Agenda penaliza os mais pobres”, diz Fagundes
O senador também disparou contra as medidas econômicas do governo Lula, alegando que elas penalizam as populações mais vulneráveis. Ele destacou que a alta da inflação e o aumento dos juros estão afetando diretamente os mais pobres, contradizendo promessas feitas durante a campanha presidencial. “A picanha prometida não chegou. A população está vivendo em dificuldade e quem sofre mais é quem precisa de trabalho e emprego”, criticou.
As declarações de Fagundes refletem o crescente descontentamento de setores da oposição com a condução política e econômica do governo, aumentando a tensão no Congresso e nas relações com os parlamentares.
Resta ao governo buscar diálogo e alternativas para reconquistar a confiança de seus aliados.
Alguns críticos apontam fragilidades na reforma, mas sua rejeição também reflete disputas políticas.
A suspensão pode dificultar o relacionamento entre governo e Congresso, agravando a instabilidade política.