Na manhã desta quarta-feira (30), a Polícia Federal desencadeou a Operação Bilanz, que revelou um esquema de fraudes milionárias na Unimed Cuiabá. Esse desfalque, estimado em R$ 400 milhões, teria ocorrido durante a gestão anterior da cooperativa, liderada pelo ex-presidente Rubens Carlos De Oliveira Júnior. Embora ele atualmente resida em Minas Gerais, as autoridades efetuaram sua prisão em Cuiabá. Desde 2023, após sua saída da Unimed, o ex-presidente se estabeleceu no estado mineiro.
Ex-Presidente da Unimed Cuiabá é preso e Operação Bilanz ocorre em Cuiabá; veja vídeo
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) October 30, 2024
Reprodução: RDNews pic.twitter.com/0meUHyuZdM
Prende-se ex-dirigentes e principais alvos da investigação
A Operação Bilanz prendeu, além do ex-presidente, outros cinco ex-diretores, incluindo Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, que atuava como diretora istrativo-financeira e ocupava o posto de braço direito de Rubens Carlos. Em maio deste ano, a Unimed já havia excluído ambos do quadro de cooperados, após a nova gestão apresentar evidências de irregularidades financeiras durante uma Assembleia Geral Extraordinária. A lista de detidos ainda conta com Eroaldo de Oliveira, ex-CEO da Unimed Cuiabá, Ana Paula Parizzotto, ex-superintendente financeira, Tatiana Bassan, analista de risco, e Jaqueline Larréa, advogada da cooperativa.
Polícia intensifica ações com buscas e apreensões
Na tentativa de ampliar a investigação e recuperar o montante desviado, a Polícia Federal realizou diversas buscas e apreensões. Ademais, foi decretada a quebra dos sigilos telemático, financeiro e fiscal dos suspeitos, permitindo um o mais amplo aos dados. Além disso, as autoridades determinaram o sequestro de bens dos envolvidos, buscando reduzir o impacto financeiro sobre a Unimed Cuiabá e recuperar o máximo possível dos valores desviados.
Documentos falsos e fraude contábil elevam rombo financeiro
A investigação revelou que os ex-dirigentes supostamente falsificaram documentos contábeis enviados à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esses documentos, ao que tudo indica, ocultaram um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões nas contas da cooperativa. Conforme apurou a Operação Bilanz, esse rombo tornou-se evidente no balanço patrimonial da Unimed em 2022, gerando graves consequências financeiras e de reputação para a instituição.
Unimed Cuiabá reforça compromisso com transparência
Por fim, a nova diretoria da Unimed Cuiabá declarou seu compromisso em cooperar plenamente com as autoridades para esclarecer o caso e recuperar os recursos desviados. Este caso, considerado um dos maiores escândalos financeiros envolvendo cooperativas de saúde no Mato Grosso, ressalta a importância de supervisão contábil e istrativa rigorosa. Dessa forma, o episódio reafirma a necessidade de transparência e governança em instituições que istram recursos de saúde suplementar, com impacto direto sobre cooperados e usuários.