Motoboys que trabalham com aplicativos de delivery denunciaram que colegas os forçaram a aderir à paralisação nacional marcada nesta segunda-feira (31) e terça-feira (1º). O movimento, conhecido como “Breque dos Apps”, exige reajustes nos valores pagos por entrega e por quilômetro rodado. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra um morador chamando um motoboy para testar se tinha algum rodando. A gravação viralizou e dividiu a opinião pública: alguns apoiam a greve, enquanto outros defendem o direito de continuar trabalhando. “Os boletos não param”, disse um morador em uma postagem.
Entregadores exigem aumento nos valores pagos por corrida
O movimento exige dois reajustes principais:
- O valor fixo da entrega deve subir de R$ 6,50 para R$ 10. Segundo os entregadores, as plataformas não atualizam esse valor desde 2022, mesmo com o aumento da inflação e dos custos operacionais.
- O valor por quilômetro rodado deve ar de R$ 1,50 para R$ 2,50, já que o preço dos combustíveis e das manutenções cresceu consideravelmente.
Além disso, a categoria cobra mais segurança, seguro contra acidentes, o a benefícios sociais e mais transparência nos algoritmos de distribuição de corridas.
Clima de medo e divisão entre os trabalhadores
Mesmo apoiando as pautas, muitos motoboys afirmam que não podem parar por dois dias sem comprometer o sustento. Alguns relatam que receberam ameaças verbais e intimidações de colegas ao tentar continuar com as entregas durante a paralisação
Até agora, as empresas responsáveis pelos aplicativos de entrega não comentaram oficialmente a paralisação. Nenhuma delas anunciou reajustes ou abertura para negociação com os trabalhadores.
Perguntas frequentes
Não. Ninguém pode obrigar outro trabalhador a parar. Isso configura coação, e é crime.
Em média, R$ 6,50 por corrida, valor sem reajuste desde 2022.
Eles exigem aumento no valor das entregas e por quilômetro, além de melhores condições de trabalho.