O empresário cuiabano Eli Corrêa Pinheiro, proprietário do tradicional restaurante “Frango na Brasa”, morreu na tarde desta segunda-feira (26) após colidir seu veículo contra a estrutura de uma ponte na rodovia MT-351, na cabeceira do Rio Coxipó-Açu, região do Manso. Momentos antes da tragédia, Eli publicou um vídeo em suas redes sociais no qual se despediu da família, fez graves acusações de traição contra a esposa, um suposto amigo e os filhos do casal, e indicou que não pretendia seguir vivendo.
No vídeo, Eli afirmou que viveu 25 anos de casamento, mas se sentia traído e abandonado. Ele itiu que enfrentou problemas com o álcool, mas negou que tivesse ameaçado a família, como sua esposa alegou ao solicitar a medida protetiva. Em tom de desabafo e mágoa, disse que “vão pagar pelo meu sangue” e acusou um homem identificado como Yuri Rondon de ter “arquitetado tudo” para tomar sua mulher e seu restaurante.
— “Tem um cara que chama Yuri Rondon, um cara que foi criado lá dentro da minha casa, só que ele tem uma vontade muito grande de ser dono do frango e ser dono da minha mulher. Ele vai ser, porque eles vão viver juntos, tenho certeza disso. Ele armou isso, e aí fizeram uma medida protetiva contra mim, sendo que eu vim pro Manso, pra eles ficarem na casa. Yuri, você foi um covarde. Yuri, você foi um falso. Erika, você me enganou 25 anos” — disse Eli no vídeo.
Despedida marcada por mágoa, descontrole e apelo à filha
Visivelmente abalado, o empresário afirmou que não acreditava mais na Justiça e que, por isso, havia decidido “ir embora”. Ele deixou ainda um apelo à filha que vive em Campo Grande (MS), chamando-a para vir a Cuiabá cuidar da divisão de bens:
— “Eu tô te chamando, vem pra Cuiabá hoje, hoje, fia, tá? […] Vem pegar o que é seu”.
Após a publicação do vídeo, Eli Corrêa Pinheiro morreu ao colidir o Jeep Com que dirigia com a estrutura da ponte. O veículo capotou e caiu nas margens do rio. O corpo foi localizado ainda na tarde de segunda-feira, no quilômetro 26 da MT-351. Informações não confirmadas oficialmente indicam que ele teria incendiado uma residência de sua propriedade, também na região do Manso, pouco antes do ocorrido.
A Polícia Civil investiga o caso e, até o momento, não emitiu nota oficial sobre as circunstâncias da morte. As autoridades tratam a hipótese de suicídio com cautela e só a confirmarão após concluírem os trâmites legais e a perícia técnica.
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Perguntas frequentes
Sim. A Polícia Civil pode considerar a gravação um elemento importante na apuração dos fatos.
Até o momento, não há confirmação oficial. A Polícia ainda apura o conteúdo do vídeo e os relatos.
Ainda não. As informações sobre o suposto incêndio são extraoficiais e seguem sob verificação.
