Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o empresário Murilo Miyazaki, do interior de São Paulo, envolvido em uma polêmica durante o Rio Open de tênis. Ele foi acusado de racismo após xingar um segurança e alegar falsamente ser juiz de Bragança Paulista. O caso, que já está nas mãos do Ministério Público do Rio (MPRJ), reacende o debate sobre privilégio e agressões verbais em eventos esportivos. O que realmente aconteceu? As acusações de racismo procedem? E como a defesa do empresário está lidando com as repercussões?
A confusão que viralizou
O incidente ocorreu em fevereiro, durante o torneio no Jockey Club da Gávea. Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram Miyazaki sendo retirado do local após perturbar o andamento da partida. Ele reagiu com agressividade, xingando funcionários e ameaçando: “Saiba que eu sou juiz de Bragança Paulista… eu prendo você. Você não me prende.” O problema? Ele não é magistrado. A “carteirada” falsa foi apenas uma das atitudes questionáveis do empresário, que também teria chamado um segurança de “macaco”, segundo a denúncia do MPRJ.
A versão do segurança e a acusação de racismo
Em depoimento, o funcionário relatou que foi chamado para conter Miyazaki, que perturbava o público na arquibancada. Ao pedir silêncio, ouviu uma série de insultos, incluindo o suposto termo racista. O caso foi registrado como injúria racial, crime cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão. A defesa do empresário, porém, nega veementemente a acusação.
A defesa alega “mal-entendido”
O advogado Marco Aurélio Asseff, que representa Miyazaki, afirmou que seu cliente “não proferiu palavras racistas” e que tudo não ou de um “mal-entendido” devido à exigência de silêncio durante o jogo. “A defesa confia em uma solução amigável e negociada para encerrar o processo”, disse Asseff. Enquanto isso, a internet não perdoa: nas redes, o empresário é alvo de críticas por seu comportamento arrogante e pelas mentiras durante a discussão.
Perguntas e Respostas
1. Murilo Miyazaki é realmente juiz?
Não. Ele mentiu ao afirmar que era magistrado de Bragança Paulista.
2. Quais as possíveis consequências jurídicas?
Além da injúria racial, ele pode responder por falsa identidade e perturbação da ordem.
3. O que a defesa alega?
Diz que não houve racismo e que a discussão surgiu por causa do barulho durante o jogo.
O caso ainda está em investigação, mas uma coisa é certa: a atitude do empresário no Rio Open gerou desgaste não só para sua imagem, mas também reacendeu discussões importantes sobre privilégio e discriminação em eventos públicos.