Um grupo de elefantes africanos, no zoológico de San Diego, reagiu segundos antes de um terremoto atingir o sul da Califórnia. O vídeo do momento viralizou nas redes sociais e, como consequência, reacendeu discussões sobre a capacidade dos animais de detectar desastres naturais antes dos humanos.
Antes do tremor, um comportamento instintivo
Logo no início do vídeo, os elefantes formam um círculo ao redor de um filhote, comportamento conhecido como “círculo de alerta”. Isso, por si só, já indica um instinto de proteção coletivo. Curiosamente, o terremoto ocorre apenas depois dessa movimentação. Ou seja, os animais reagiram de forma antecipada, como se tivessem pressentido o evento. De acordo com os cuidadores, esse tipo de formação só ocorre diante de ameaças reais.
Sentidos aguçados fazem a diferença
Além disso, os elefantes possuem capacidades sensoriais superiores às humanas. Suas patas detectam vibrações mínimas no solo, e sua audição alcança frequências que os humanos não percebem. Por esse motivo, muitos cientistas acreditam que esses animais captam sinais sísmicos antes de qualquer tremor perceptível.
Para ilustrar, um episódio semelhante ocorreu em 2004, na Tailândia. Na ocasião, elefantes fugiram para áreas elevadas momentos antes do tsunami atingir a região. Esse tipo de comportamento, portanto, vem se repetindo ao longo dos anos em diferentes locais do planeta.
A ciência observa, mas não confirma
Embora os relatos sejam consistentes, a ciência ainda trata o tema com cautela. Por um lado, há uma série de hipóteses sobre a sensibilidade animal a alterações geofísicas. Por outro, falta comprovação científica robusta. Especialistas alertam que essas reações podem ocorrer por coincidência ou por estímulos que ainda não conseguimos identificar com precisão.
Apesar disso, pesquisadores já iniciaram estudos que cruzam dados de sensores sísmicos com comportamentos de fauna, com o objetivo de, no futuro, transformar essas reações em mecanismos complementares de alerta.
Perguntas frequentes
Eles reagem a sinais físicos que ainda escapam à percepção humana.
Sim, há registros de cães, gatos e até aves mudando de comportamento antes de tremores.
Ainda não. No entanto, cientistas seguem investigando a viabilidade dessa possibilidade.
