Com apenas 19 anos, Dominique Malonga já deixou de ser promessa e se tornou realidade no basquete mundial. Nascida em Yaoundé, Camarões, criada na França e agora recrutada pelo Seattle Storm, da WNBA, a jovem pivô mede 1,98m, tem presença dominante em quadra e já é chamada de “versão feminina de Victor Wembanyama”.
Went to watch Dominique Malonga — the No. 2 pick in the WNBA Draft — work out in NYC. Blown away by how talented she is. 6'6, 7'1 wingspan, huge hands. Dunks with ease. Makes NBA-range pullup 3s effortlessly. Only 19 years old. The Seattle Storm got a good one. pic.twitter.com/boLNV49uQ1
— Jonathan Givony (@DraftExpress) April 15, 2025
A comparação não é exagero: além de brilhar na base e no profissional desde os 15 anos, ela se tornou a primeira mulher sa a enterrar em uma partida, feito histórico que ajudou a construir sua fama. Escolhida como a número 2 do Draft da WNBA 2025, Malonga chega com moral à maior liga de basquete feminino do mundo, trazendo na bagagem números consistentes, títulos e muita confiança.
— Mal posso esperar para entrar em quadra e jogar contra qualquer um. Eu só quero jogar. Me sinto ótima, não poderia estar melhor. Mal posso esperar para ir a Seattle e retribuir o amor que me demonstraram hoje — disse Dominique Malonga, após ser selecionada.
Estilo de jogo marcante e premiações impressionantes
Dominique Malonga começou no ASVEL Feminin e, aos 15 anos, já atuava como profissional. Em 2023, defendeu o Tarbes Gespe Bigorre por empréstimo e teve médias de 11,9 pontos, 8,9 rebotes e 1,4 tocos. Na temporada seguinte, retornou ao ASVEL com ainda mais impacto: anotou médias de 15,4 pontos e 10,3 rebotes. Este ano, foi ainda mais longe — na Eurocopa Feminina, teve 18,5 pontos e 11 rebotes por jogo. Em uma das últimas partidas, marcou 27 pontos e pegou nove rebotes contra o Flammes Carolo.
Essas atuações a colocaram no All-EuroCup First Team 2025. Ela também venceu os prêmios de “Pivô do Ano” e “Jogadora Europeia do Ano”. Além disso, representou a França nas Olimpíadas de Paris 2024, conquistando a medalha de prata.
— Estou acostumada a ser a mais jovem em todos os lugares que vou — afirmou Malonga à People.
— Não se trata de idade. Se você é boa, você é boa — completou.
Segundo a gerente-geral do Storm, Talisa Rhea, o impacto da atleta será imediato:
— Dominique é uma estrela global em ascensão e estamos muito felizes em recebê-la em Seattle. Ela traz versatilidade, habilidade e um alto nível de eficiência. Sabemos que ela será parte integrante da nossa equipe, agora e nos próximos anos.
Família, foco e futuro nos Estados Unidos
A sa também revelou que pretende se mudar com a família para os EUA. Filha de dois ex-jogadores das seleções de Camarões e Congo, Dominique cresceu no meio do esporte e quer manter essa base ao seu lado.
— Tudo o que faço é um evento de família — contou Malonga.
— Mal posso esperar para contar a eles para onde estou indo e prepará-los para me seguirem.
Sobre o que a motiva na WNBA, ela foi direta:
— Jogar duro, independentemente do adversário.
A comentarista Zena Keita, do podcast Off Season do The Athletic, elogiou:
— Por mais alta e longa que Dominique seja, a fluidez de seus movimentos é surpreendente. Ela se move como uma armadora com 1,98 m. É incrível como ela sai dos pick-and-rolls e avança para a cesta. Tudo no jogo dela é muito fluido, e ela é tão jovem, então ainda há muito a se desenvolver.
Já o analista Ben Pickman destacou seu potencial físico incomum:
— Tem sido fascinante vê-la explodir a partir daí e, de repente, entrar para a seleção olímpica sa. Seu talento a fez ser uma das primeiras selecionadas do WNBA Draft 2025. Porque, fisicamente, não há muitas jogadoras na WNBA que tenham as ferramentas atléticas brutas que ela possui. Quando pensamos no Draft da NBA, por exemplo, vemos que muitas dessas atletas de alto potencial são escolhidos cedo. Mas, tradicionalmente, na WNBA, ou você não tem esse tipo de prospecto, ou os times não as escolhem cedo.
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Perguntas frequentes
Pivô sa de 19 anos, com 1,98m de altura, escolhida pelo Seattle Storm no Draft da WNBA 2025.
Pelo seu talento físico, domínio nas enterradas e impacto precoce no basquete profissional.
Medalha de prata nas Olimpíadas de Paris, prêmios de melhor pivô e jogadora da Europa e destaque absoluto na Eurocopa Feminina.
