A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (6), um professor aposentado de 69 anos acusado de estuprar duas alunas menores de idade em uma escola pública de Cáceres, Mato Grosso. Os agentes da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso cumpriram os mandados de prisão e de busca e apreensão durante a operação “Caminhos Seguros”.
As vítimas relataram que o educador as beijou à força dentro da biblioteca da escola, quando procuravam um livro. O caso aconteceu em abril. As adolescentes denunciaram o crime às autoridades, que imediatamente iniciaram a investigação.
Delegada solicita mandados e Justiça autoriza prisão
A delegada Paula Gomes Araújo coordenou a investigação e solicitou à Justiça a prisão preventiva do suspeito, além de busca e apreensão em sua residência. O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres atendeu ao pedido.
A equipe da Polícia Civil encontrou o professor em casa e o levou para a Cadeia Pública de Cáceres, onde ele aguarda audiência de custódia. Os policiais também apreenderam o celular e o notebook do suspeito, que seguirão para perícia técnica.
“Comprovamos os atos libidinosos por meio de depoimentos e outros elementos. Agora, vamos analisar os dispositivos eletrônicos para verificar se há novas vítimas”, afirmou a delegada Paula Araújo.
Polícia investiga outros possíveis crimes
A Polícia Civil abriu um inquérito para aprofundar a apuração dos fatos. Os agentes têm até dez dias para concluir o procedimento e enviá-lo ao Ministério Público. A delegada não descarta a existência de outras vítimas.
A operação Caminhos Seguros combate crimes sexuais cometidos por pessoas em posições de confiança, como professores e cuidadores. O caso gerou forte repercussão entre pais e estudantes da escola, que exigem mais segurança no ambiente educacional.
Perguntas frequentes
Sim. Beijar um menor à força configura estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal.
A polícia abre inquérito, coleta provas, ouve testemunhas e pode prender o suspeito preventivamente.
Ligue 197 (Polícia Civil) ou 100 (Disque Direitos Humanos). A denúncia pode ser anônima.
