O dólar fechou em alta recorde segunda-feira (16), alcançando R$ 6,09. O Banco Central tentou conter a valorização com dois leilões extraordinários de câmbio e a injeção de US$ 4,6 bilhões no mercado, mas a moeda continua subindo. Esta foi a quinta intervenção do BC em menos de uma semana, mas os esforços não frearam a escalada.
A moeda americana subiu 1,03% no dia e consolidou o real como a divisa mais desvalorizada entre países emergentes. Além da incerteza fiscal no Brasil, o fluxo de saída de capital para o exterior em dezembro intensificou a pressão. Empresas estrangeiras costumam transferir lucros para suas matrizes nesta época do ano, o que aumenta a demanda por dólares.https://omatogrossense.com/
Mercado competitivo reduzido
Os bancos enfrentaram dificuldades com um estoque de dólares inferior à média histórica. O saldo atual de US$ 30 bilhões na Caixa representa uma queda acentuada em relação aos US$ 50,6 bilhões registrados em setembro. O BC, então, recorreu à venda direta de dólares para atender à demanda.
A alta do dólar reflete também o salto nos juros futuros. O contrato para janeiro de 2027 subiu para 15,52%, enquanto o contrato para 2029 atingiu 15,27%. A taxa para 2035 também aumentou, chegando a 14,59%. Esses movimentos evidenciam o pessimismo dos investidores e a desconfiança em relação à economia brasileira.
Impactos no mercado financeiro
A escalada do dólar pressionou a Bolsa de Valores, que encerrou o dia em queda de 0,84%, com o Ibovespa marcando 123.560 pontos. A valorização da moeda americana deve aumentar os preços de importados e intensificar a inflação no Brasil, gerando impacto direto no consumo e no custo de vida.
O aumento reflete a saída de capital e a instabilidade fiscal no Brasil.
Realizou leilões e injetou US$ 4,6 bilhões no mercado de câmbio.
O custo de produtos importados aumentará, gerando inflação.