O novo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), decretou estado de calamidade financeira no município, citando um crescimento alarmante das despesas públicas durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). O decreto, publicado nesta sexta-feira (3) no Diário Oficial do Município, destaca que as despesas aumentaram 135% entre 2016 e 2024, enquanto as receitas cresceram apenas 115%.
Uma Herança Pesada para o Novo Gestor
O decreto aprovado por Brunini tem validade de 180 dias e busca conter os danos financeiros herdados da gestão anterior. Durante os oito anos à frente da Prefeitura, Emanuel Pinheiro fez críticas sobre a condução das finanças municipais, culminando em um déficit orçamentário preocupante. Segundo o documento, a discrepância entre receitas e despesas ameaça comprometer a capacidade de investimentos em áreas essenciais, como saúde, educação e infraestrutura.
Por que as Despesas Cresceram Tanto?
O aumento de 135% nas despesas municipais é atribuído a uma série de fatores, incluindo a expansão da folha de pagamento, contratos istrativos e investimentos em obras públicas. No entanto, os críticos apontam que parte desse crescimento decorre de má gestão e falta de planejamento financeiro.
Por outro lado, os aliados de Emanuel argumentam que o aumento foi necessário para atender às demandas crescentes da população, especialmente em setores como saúde e transporte público.
O que significa o Decreto de Calamidade Financeira?
A medida permite que a gestão de Abílio Brunini adote ações emergenciais para equilibrar as contas públicas. Isso inclui a renegociação de dívidas, a suspensão temporária de contratos e a reavaliação de gastos fixos. Também abre a possibilidade de o a recursos emergenciais estaduais e federais para aliviar a pressão orçamentária.
A população, porém, está dividida. Enquanto alguns apoiam o decreto como uma forma de transparência, outros têm que os cortes afetam diretamente os serviços essenciais.
Devido ao crescimento desproporcional das despesas em relação às receitas durante a gestão anterior, comprometendo o orçamento municipal.
As despesas aumentaram 135% entre 2016 e 2024.
A Prefeitura pode adotar medidas emergenciais, como renegociação de dívidas e suspensão de contrato