A prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e figura-chave no governo de Jair Bolsonaro, foi alvo de duras críticas por parte do deputado federal José Medeiros (PL). O episódio, ocorrido neste sábado (14), reacendeu discussões sobre judicialização da política e aprofundou a polarização no Brasil.
O discurso de Medeiros:
Nas redes sociais, José Medeiros não poupou palavras ao questionar os motivos da prisão. Segundo ele, trata-se de uma “construção narrativa” que busca criminalizar aliados do ex-presidente. “O ‘Golpe’ que nunca ocorreu e sequer foi tentado” foi o argumento do parlamentar, que também classificou as investigações como abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, autorizou a prisão preventiva, além de buscas e apreensões em endereços ligados ao general e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, seu assessor.
Enquanto aliados de Bolsonaro repudiam a operação, setores governistas a celebram como um marco no combate à impunidade. A presidente do PT e ministros do governo Lula elogiaram a ação. Alexandre Padilha chegou a afirmar: “Grande dia”.
O impacto na polarização política
O Comando Militar do Leste manterá Braga Netto sob custódia, após acusá-lo de obstruir investigações sobre uma suposta tentativa de golpe nas eleições de 2022. Sua prisão intensificou a polarização política e expôs as profundas divisões no cenário nacional.
Muitos observadores enxergam no caso os limites tênues entre justiça e política. A atuação do Judiciário levanta questionamentos sobre até onde suas prerrogativas alcançam em investigações de alta complexidade, especialmente quando envolvem figuras de destaque.
Ele é acusado de obstruir investigações sobre uma suposta tentativa de golpe.
Ele considera a prisão uma narrativa política e questiona os fundamentos jurídicos da ação.
A ação intensificou a polarização no Brasil, gerando apoio e críticas de diferentes lados.