O deputado estadual Delegado Claudinei (PSL) defende a anulação do concurso para a área da Segurança Pública que foi realizado no domingo (20.02) em Mato Grosso. Os motivos seriam as supostas fraudes cometidas por candidatos que realizaram s provas.
Quatro pessoas suspeitas de envolvimento na tentativa de fraude na prova foram presas em flagrante pela Polícia Civil de Cáceres. Após investigação para apurar denúncia de que um candidato teria contratado uma pessoa para fazer a prova em seu lugar, a equipe da Polícia Civil chegou a um dos locais de prova e constatou que a pessoa que estava no local tinha características físicas totalmente diferente do candidato do concurso.
“Eu acredito que sim, se confirmar realmente falha na fiscalização, que pessoas utilizaram até celular dentro da sala de aula, saiam para o banheiro tranquilamente sem fiscalização, poderiam estar recebendo informações sobre as questões das provas e outras informações que chegam graves, então acho que se comprovar que houve isso o caminho vai ser, infelizmente, anular esse concurso e programar um com mais tempo”, aponta o parlamentar.
O deputado argumenta que pessoas que acreditam ter tido um bom resultado saem prejudicadas. “A gente recebe muitas mensagens de candidatos que foram bem no concurso e claro que vão querer a anulação, e os que se preparam pra esse concurso e perderem a vaga para quem utilizou de fraude para ar? E a principal preocupação é porque é um concurso de segurança pública, Mato Grosso vai receber no quadro uma pessoa aprovada mediante fraude no concurso? Imagina esse profissional quando ingressar na academia, fazer a formação e começar a trabalhar? Que profissional que nós vamos ter na segurança pública?”, questiona.

Já o presidente da Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado João Batista (Pros), afirmou que aguarda respostas da Casa Civil quanto as apurações de fraude. “Existem algumas denúncias que foram protocoladas, inclusive no Ministério Público, e também foram adas para alguns colegas parlamentares. O Ministério Público já manifestou que vai fazer uma investigação, até porque chegou de maneira oficial, através da ouvidoria do MP, e alguns colegas parlamentares já oficializaram a Casa Civil para saber que providências estão sendo tomadas. Através da Comissão de Segurança Pública eu vou aguardar uma resposta, chegando às respostas a gente vai tomar as providências necessárias, disse.
João Batista também não descarta a possibilidade de membros de organizações criminosas no estado estarem por traz dessas tentativas de fraude com o objetivo de se infiltrarem na segurança estadual, já que as vagas também eram para a Polícia Civil e Militar.
“Quando se diz respeito à organização criminosa nunca é cedo para nada, na verdade todas as hipóteses têm que ser apuradas, aliás, não é de hoje que sai formação de advogados em nível nacional pra defender o crime organizado, então tudo que vier com relação a denúncias tem que levar em consideração que pode ter sim algo de forma premeditada”, completa.
O Ministério Público do Estado (MPE) recebeu na ouvidoria pelo menos 32 denúncias supostas irregularidades. Mais de 66 mil pessoas se inscreveram no concurso para a formação de cadastro reserva, no entanto com a expectativa do governo que 1,2 mil candidatos sejam chamados ainda em 2022. (Colaborou Adão de Oliveira)
Fonte: Capital Notícia