Durante discurso na Câmara dos Deputados, o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) afirmou ter recebido uma ligação da Polícia Federal, convocando-o para depor em um inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso, segundo ele, se relaciona a críticas feitas ao então ministro da Justiça, Flávio Dino, hoje integrante da Suprema Corte. Conforme destacou, a intimação configura um ato de perseguição e intimidação. Assim, ele cobrou uma resposta imediata do Congresso para, segundo suas palavras, “restabelecer o Estado de Direito”.
Oposição reage e amplia ataques ao Judiciário
Logo após a fala de Cabo Gilberto, diversos parlamentares da oposição demonstraram apoio. O líder da bancada, deputado Zucco (PL-RS), classificou o episódio como “perseguição política escancarada”. Além disso, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) reforçou a crítica ao afirmar que, atualmente, parlamentares não podem defender a Casa sem sofrer consequências. Dessa forma, o grupo argumenta que há um avanço indevido do Judiciário sobre a liberdade de expressão legislativa.
Declarações polêmicas geram reações no meio jurídico
Por outro lado, as declarações de Cabo Gilberto chamaram atenção pelo tom agressivo. Ao comparar a Polícia Federal à “gestapo nazista da Suprema Corte”, ele rompeu o limite institucional, segundo especialistas. De acordo com juristas, a imunidade parlamentar não cobre insultos ou ataques que coloquem em xeque a credibilidade de instituições democráticas. Portanto, mesmo que a crítica política seja legítima, ela não pode ultraar os limites da legalidade.
Perguntas frequentes
O discurso perde proteção quando atinge a honra pessoal e promove desinformação.
O enfrentamento pode gerar desgaste, enquanto o diálogo fortalece a democracia.
Sim, a polarização desvia o foco de temas urgentes e aprofunda a crise institucional.