Delegado alerta: gestos de facções criminosas colocam vidas em risco em Mato Grosso – Veja vídeo

Facções criminosas em Mato Grosso: gestos manuais estão aumentando a violência

O recente crime brutal em Porto Esperidião, a 324 km de Cuiabá, expôs um problema grave em Mato Grosso: o uso de gestos manuais associados a facções criminosas. Integrantes de uma facção torturaram e mataram duas irmãs após uma delas fazer um gesto ligado a um grupo rival. Esse caso chocou as autoridades, que agora alertam a população sobre os perigos desses sinais, muitas vezes considerados inofensivos.

O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, ressaltou que facções criminosas usam gestos para identificar seus membros e demonstrar poder. Ele destacou que gestos como “tudo dois” e “tudo três”, representando respectivamente o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), colocam vidas em risco, principalmente em regiões controladas por essas facções. “Pessoas já morreram por causa de uma foto com um gesto simples”, afirmou o delegado, alertando sobre o cuidado necessário.

O crescimento das facções e o perigo dos gestos manuais

Por toda parte no Brasil, facções criminosas utilizam sinais manuais como parte de suas estratégias de intimidação e demonstração de poder. Dessa forma, gestos como “tudo dois”, associado ao Comando Vermelho, e “tudo três”, que identifica o PCC, aram a simbolizar afiliação e a marcar territórios. Esses gestos podem parecer simples, mas trazem consigo um grande risco, especialmente em locais onde essas facções disputam o controle.

Além disso, muitas vezes, jovens fazem esses gestos em fotos ou redes sociais sem entender suas associações com o crime. No entanto, o uso descuidado desses sinais pode resultar em tragédias. O caso das irmãs de Porto Esperidião serve de alerta, pois um gesto feito inocentemente acabou custando suas vidas.

Conscientização e prevenção são essenciais

Diante do aumento da violência, as autoridades pedem que a população evite gestos manuais em fotos e redes sociais, especialmente em áreas onde facções atuam. O delegado Farias destaca que esses sinais são códigos sérios, e usá-los, mesmo que sem intenção, pode ser fatal. “O risco é real e vidas já foram perdidas por essa associação”, alertou o delegado.

Portanto, o caso em Porto Esperidião reforça a urgência de conscientizar a sociedade, sobretudo os jovens, sobre os perigos de utilizar gestos que, embora aparentemente inofensivos, podem ser interpretados de forma perigosa por facções criminosas. Enquanto essas organizações expandem sua presença, a prevenção e a educação da população sobre os riscos se tornam cada vez mais urgentes para evitar novas tragédias.

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