No início de dezembro de 2024, a Polícia Federal desvendou um esquema de corrupção relacionado à liberação de emendas parlamentares. O caso ganhou destaque depois que o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu novos critérios de transparência e rastreabilidade para esses pagamentos. Com essas medidas mais rigorosas, grupos criminosos rapidamente se mobilizaram para tentar burlar as regras, desencadeando investigações detalhadas.
Ação emergencial no aeroporto expõe esquema
No dia 3 de dezembro, apenas um dia após a liberação das emendas, a Polícia Federal interceptou uma aeronave privada no Aeroporto Internacional de Brasília. Durante a operação, os agentes apreenderam R$ 1,5 milhão em espécie e uma planilha contendo contratos suspeitos, que somavam mais de R$ 200 milhões. O jatinho foi fretado por Alex Rezende Parente e Lucas Lobão, ambos investigados por corrupção e lavagem de dinheiro.
Além disso, o depoimento do piloto revelou que o voo foi solicitado de maneira emergencial por Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”. Moura coordenou a logística do transporte e supervisionou o envio do dinheiro. Os documentos apreendidos mencionavam “MM”, uma possível referência a Marcos Moura, segundo os investigadores.
Criminosos tentaram justificar valores em espécie
Durante a abordagem, os investigados deram explicações conflitantes. Enquanto Alex Parente alegou que o dinheiro era proveniente de vendas acumuladas em cofres empresariais, Lucas Lobão afirmou não saber o motivo do transporte dos valores. Essas inconsistências reforçaram as suspeitas da Polícia Federal, que já rastreava o esquema.
Ministro Flávio Dino reage às irregularidades
Como resposta ao caso, o ministro Flávio Dino suspendeu, em 23 de dezembro de 2024, o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. Essa decisão foi motivada por denúncias de falta de transparência nos rees. Dino também determinou auditorias pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a abertura de novos inquéritos para aprofundar as investigações.
Operação Overclean reforça necessidade de mais controle
Portanto, a Operação Overclean evidencia como medidas de transparência e fiscalização podem expor redes de corrupção. No entanto, o caso também reforça a importância de aprimorar o controle sobre a aplicação dos recursos públicos, garantindo mais segurança e responsabilidade no uso desses valores.
Perguntas frequentes
Marcos Moura, apelidado de “Rei do Lixo”, é apontado como o principal articulador do esquema de corrupção investigado na Operação Overclean. Ele organizou o fretamento de um jatinho privado, que transportava R$ 1,5 milhão em espécie e documentos de contratos suspeitos, com o objetivo de burlar as regras de transparência estabelecidas pelo ministro Flávio Dino para a liberação de emendas parlamentares.
A Polícia Federal apreendeu R$ 1,5 milhão em espécie e uma planilha detalhando contratos suspeitos que somavam mais de R$ 200 milhões.
O ministro Flávio Dino suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares no dia 23 de dezembro de 2024, após a descoberta do esquema de corrupção investigado pela Operação Overclean. A decisão também foi motivada por denúncias de falta de transparência nos rees, levando à instauração de auditorias pela CGU e novos inquéritos pela Polícia Federal.