Após mais de cinco meses de seca, os moradores de Cuiabá e Várzea Grande comemoraram a chegada da tão esperada chuva na noite de terça-feira (24). A última precipitação registrada na região havia ocorrido em 17 de abril, cerca de 160 dias fazendo de Cuiabá uma das capitais brasileiras com o maior período sem chuvas, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A chuva leve, que começou por volta das 22h, trouxe alívio imediato para a população, que vinha enfrentando temperaturas superiores a 40°C e uma seca prolongada.
Impactos da seca prolongada em Cuiabá
Cuiabá, conhecida por seu clima quente e seco, enfrentou um dos maiores períodos de estiagem do Brasil. Em setembro, a cidade ocupava a terceira posição entre as capitais com maior tempo sem chuva. A falta de precipitações e o calor intenso aumentaram o desconforto e os riscos de problemas de saúde, além de elevar a vulnerabilidade a queimadas. O calor extremo, combinado com umidade relativa do ar em níveis críticos, agravou problemas respiratórios e impôs desafios à qualidade de vida dos moradores.
Persistência do calor e alertas meteorológicos
Apesar da chuva trazer algum alívio, o calor intenso continua sendo uma preocupação. O INMET emitiu alerta para baixa umidade, que deve variar entre 20% e 30%, além de manter o alerta de onda de calor. A previsão para quarta-feira (25) indica temperaturas entre 24°C e 34°C, com umidade oscilando entre 40% e 60%. As autoridades recomendam hidratação constante e o uso de umidificadores para amenizar os efeitos do clima seco.
Chuvas alcançam outros municípios do Mato Grosso
Antes de chegar à capital, as chuvas já haviam atingido 11 municípios do interior do estado, incluindo Rondonópolis, Sinop e Primavera do Leste. As precipitações trouxeram esperança para produtores rurais e moradores, que aguardam a recuperação gradual da vegetação e das reservas hídricas com o início do período chuvoso previsto para outubro.
