Na última sexta-feira (4/4), o Cristo Redentor, um dos principais símbolos do Brasil, exibiu uma cena inédita e comovente. Por meio de uma projeção especial, a estátua apareceu se curvando para abraçar um cachorro caramelo — o típico vira-lata que representa o afeto popular e a realidade do abandono. A ação, promovida pela ONG Ampara Animal, celebrou o Dia Mundial dos Animais em Situação de Rua e espalhou-se rapidamente pelas redes sociais. Assim, a imagem reforçou a campanha de adoção com a frase: “Adotar é nutrir amor”.
Afinal, por que a imagem impactou tanto?
Em primeiro lugar, o cachorro caramelo já se tornou um símbolo cultural no país. Ele representa não apenas um tipo de animal, mas uma legião de cães invisíveis que vivem nas ruas. Além disso, ao unir esse símbolo ao Cristo Redentor — um ícone de proteção e acolhimento —, a campanha conseguiu provocar empatia imediata. Portanto, não é de se estranhar que a imagem viralizou rapidamente, emocionando milhares de internautas.
Enquanto a comoção cresce, os números assustam
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui cerca de 30 milhões de animais abandonados, sendo mais de 10 milhões cães. Grande parte deles sobrevive nas ruas, enfrentando fome, doenças e violência. Ainda que iniciativas de adoção ganhem força nos últimos anos, elas não conseguem acompanhar o ritmo do abandono. Em outras palavras, a estrutura pública de proteção animal ainda não atende à demanda real.
Redes sociais impulsionam a causa como nunca
Com a força da internet, especialmente nas redes sociais, a projeção ganhou repercussão nacional. Influenciadores, ativistas e artistas compartilharam a imagem, dando visibilidade ao problema e incentivando a adoção responsável. Dessa forma, a campanha superou os limites geográficos e emocionais, transformando comoção em engajamento. Ou seja, um gesto simbólico se tornou um poderoso instrumento de mobilização social.
Perguntas frequentes
Porque ele está presente em quase todas as cidades, tem temperamento dócil e representa o típico “vira-lata brasileiro”.
Cerca de 5 milhões são adotados anualmente, segundo estimativas de ONGs, embora esse número ainda esteja longe do ideal.
Sim. A Lei 14.064/2020 determina penas de até 5 anos de prisão para quem comete maus-tratos contra cães e gatos.