O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, declarou que a Cracolândia pode deixar de existir em até seis meses, graças a um plano de ação conjunto entre o estado e o município. O projeto prevê ações de segurança e saúde pública simultâneas, além de estratégias para acolhimento de dependentes químicos.
A proposta vem em meio à crescente pressão popular por soluções para o problema, mas analistas apontam riscos de promessas vazias e ações repressivas disfarçadas de solução social.
Histórico de falhas e dispersão do problema
Nos últimos 20 anos, a Cracolândia ou por várias intervenções, que em muitos casos apenas dispersaram os usuários, sem atacar a raiz do problema. Parte da sociedade civil e entidades de direitos humanos teme que o novo plano repita ações com viés higienista, sem garantir soluções duradouras.
Falta transparência sobre metas e recursos
Até o momento, o governo não divulgou dados concretos sobre número de vagas para tratamento, orçamento disponível ou plano de acompanhamento. O prazo de seis meses é considerado ousado até por gestores municipais, que enfrentam dificuldades históricas em lidar com o fluxo constante de novos usuários na região central.
Perguntas e Respostas:
Porque faltam políticas integradas e contínuas. A maioria das ações foi emergencial e desarticulada.
Ainda não apresentou detalhes suficientes. Especialistas consideram o prazo irrealista.
Combinação de moradia, saúde mental, educação, trabalho e redução de danos, com acompanhamento permanente.