Na manhã de terça-feira (22), uma descoberta macabra confirmou o pior. Magrão, cunhado do caseiro Jorge Ávalo, localizou os restos mortais do parente com ajuda de um irmão e de um sargento da Polícia Militar Ambiental. Jorge, de 60 anos, desapareceu após o ataque de uma onça-pintada ocorrido no dia anterior, em um pesqueiro localizado entre os rios Miranda e Aquidauana, no coração do Pantanal sul-mato-grossense.
Desde o início, Magrão demonstrou convicção de que encontraria o corpo. “Falei que ia achar meu cunhado. Deus me guiou”, declarou, ao relatar que seguiu os instintos e chegou ao local exato. Portanto, a operação de busca encerrou-se ali mesmo, após a confirmação do ataque.
Vestígios revelaram a violência do ataque
Enquanto isso, turistas que visitavam o pesqueiro logo pela manhã encontraram sinais assustadores: muito sangue, vísceras e pegadas. Segundo relatos locais, Jorge foi surpreendido enquanto fazia café por volta das 5h30 da manhã. Ao tentar escapar, ele correu para o deck, mas foi alcançado pelo animal, que o arrastou até a mata.
Como consequência, a Polícia Militar Ambiental acionou um helicóptero para auxiliar nas buscas. No entanto, a iniciativa acabou substituída pela ação direta de familiares, que encontraram o corpo em uma área de mata próxima ao rio.
Desmatamento amplia risco de ataques no Pantanal
Além da tragédia familiar, o caso acende um alerta ambiental. Especialistas explicam que o aumento da ocupação humana e a fragmentação do habitat forçam a aproximação de grandes felinos a áreas urbanizadas. De acordo com dados recentes do ICMBio, os registros de conflitos com onças dobraram na última década.
Por isso, regiões como o Pantanal — embora ainda ricas em biodiversidade — enfrentam um dilema: como equilibrar turismo, segurança humana e preservação ambiental? A morte de Jorge, infelizmente, ilustra esse ime com brutalidade.
Perguntas frequentes
Não exatamente. No entanto, quando se sentem ameaçadas ou famintas, elas podem atacar.
Deixar alimentos expostos, circular sozinho à noite e ocupar áreas de mata sem proteção.
Adotando práticas sustentáveis, com monitoramento de fauna e orientação especializada aos visitantes.