A Coreia do Norte destruiu, em 15 de outubro, seções das duas principais rodovias que conectam o país à Coreia do Sul, aumentando as tensões na península. Kim Jong-un ordenou que os militares norte-coreanos realizassem explosões nas estradas Gyeongui e Donghae, conforme relatado por militares sul-coreanos. Imagens divulgadas mostram os soldados norte-coreanos detonando essas conexões.
Kim também pediu que as forças armadas do país se preparassem para uma resposta militar contra Seul. Esse movimento ocorre em meio a acusações de que a Coreia do Sul teria utilizado drones para enviar panfletos contra o regime norte-coreano, algo que Seul nega. Apesar disso, Pyongyang afirma ter provas contundentes da participação sul-coreana.
Provocação militar e isolamento
A Coreia do Norte usou essa destruição como parte de um esforço mais amplo para aumentar o isolamento e demonstrar que não deseja negociar com o Sul. A destruição dessas estradas simboliza o endurecimento da posição do regime norte-coreano, que já vinha instalando minas e barreiras antitanque na fronteira. Essas ações reforçam a visão do Norte de que a Coreia do Sul é seu principal inimigo, e mostram a determinação de Kim Jong-un em manter uma postura militar agressiva.
A relação conflituosa entre as Coreias em 2024
Em 2024, as relações entre as Coreias se deterioraram significativamente, com a Coreia do Norte adotando uma postura mais agressiva e militarizada. Kim Jong-un ordenou uma série de medidas provocativas, como a destruição de estradas que conectavam as duas nações. Além disso, a construção de barreiras antitanque e instalar minas na fronteira. A Coreia do Norte acusa o Sul de espionagem e envio de drones com propagandas anti-regime, o que elevou ainda mais as tensões.
Resposta da Coreia do Sul e reações internacionais
O governo sul-coreano condenou a destruição das rodovias, classificando-a como uma “provocação extremamente anormal”. Seul destacou que grande parte dessa infraestrutura foi construída com recursos sul-coreanos, e afirmou que Pyongyang ainda deve milhões referentes aos custos dessas obras.
A China, aliada tradicional de Pyongyang, pediu moderação e alertou para os riscos de uma escalada de conflitos na região. Apesar dos apelos, a Coreia do Norte continua a ampliar suas ações militares e reafirma sua disposição para retaliações contra qualquer “provocação” percebida.