Conmebol abre investigação por racismo em jogo entre Sporting Cristal e Palmeiras; veja vídeo

Conmebol abre investigação por racismo em jogo entre Sporting Cristal e Palmeiras; veja vídeo

A estreia do Palmeiras na Copa Libertadores 2025 foi marcada por um grave episódio de racismo. Apesar da vitória por 3 a 2 contra o Sporting Cristal, no Estádio Nacional de Lima, no Peru, um torcedor peruano foi flagrado imitando gestos de macaco em direção aos palmeirenses presentes na arquibancada.

O fato aconteceu na última quinta-feira (3/4), logo após o apito final. Diante da repercussão, a Conmebol confirmou a abertura de um processo disciplinar para investigar o caso.

Palmeiras cobra medidas firmes e denuncia impunidade

Em nota oficial, o Palmeiras condenou veementemente o episódio. O clube destacou que casos de racismo continuam a ocorrer com frequência nos gramados da América do Sul. A instituição também pediu providências imediatas às autoridades peruanas, à Conmebol e ao clube adversário.

— É desgastante que, semana após semana, tenhamos de nos manifestar em razão de atos racistas praticados em jogos de futebol. A reincidência deste crime, cometido nesta quinta-feira (3) por um torcedor do Sporting Cristal-PER, que imitou um macaco em direção a palmeirenses presentes no estádio, demonstra novamente que as medidas adotadas até o momento são inadequadas e insuficientes para combater os insistentes episódios de discriminação racial ocorridos nos gramados sul-americanos.

— Que o Sporting Cristal, as autoridades de segurança pública do Peru e a Conmebol tomem as devidas providências; do contrário, gestos como aos que assistimos hoje continuarão se repetindo, com a bênção da impunidade. Quanto ao Palmeiras, seguimos leais ao nosso compromisso de lutar contra toda e qualquer forma de discriminação.

— Racismo não é provocação! Racismo é crime!

Reincidência de racismo expõe falhas nas punições da Conmebol

Esse não é o primeiro caso envolvendo times brasileiros. Recentemente, Luighi, atleta do Palmeiras Sub-20, também foi alvo de racismo por torcedores do Cerro Porteño. Na ocasião, a Conmebol aplicou multa de US$ 50 mil ao clube paraguaio e impôs partidas com portões fechados.

O Código Disciplinar da Conmebol prevê sanções para atos de discriminação. As multas podem variar entre US$ 100 mil e US$ 400 mil, especialmente em casos de reincidência. No entanto, críticos apontam que as punições ainda são brandas e não têm efeito dissuasório real.

A frequência desses episódios levanta dúvidas sobre a eficácia das ações tomadas até agora. Também pressiona a entidade a rever seus critérios de combate ao racismo no futebol sul-americano.

Perguntas frequentes

Quais medidas a Conmebol pode adotar em casos de racismo?

A Conmebol pode aplicar multas financeiras, determinar jogos com portões fechados, impor fechamento parcial de estádios e restringir a presença de torcedores, conforme estabelecido em seu Código Disciplinar. ​

Como o Palmeiras tem se posicionado diante de casos de racismo?

O Palmeiras tem adotado uma postura ativa e crítica, cobrando providências das autoridades e entidades responsáveis, e reafirmando seu compromisso de lutar contra toda forma de discriminação. ​

Há precedentes de punições severas por racismo no futebol sul-americano?

Embora existam casos de punições, como multas e jogos com portões fechados, muitos consideram as sanções insuficientes, o que gera debates sobre a necessidade de medidas mais enérgicas para combater o racismo no esporte. ​

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