Na movimentada Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, motoristas enfrentam uma situação inusitada que tem gerado polêmica e muitas reclamações: um semáforo completamente apagado, aliado à presença de um radar ativo. Sem a sinalização luminosa, condutores relatam dificuldades para identificar se o sinal está aberto ou fechado, aumentando o risco de multas e acidentes.
O problema chama atenção justamente pela contradição: embora o semáforo esteja inoperante, o radar permanece em pleno funcionamento. Dessa forma, motoristas que ultraam o cruzamento podem ser multados por avanço de sinal, mesmo sem conseguir identificar visualmente a cor do semáforo. Essa situação levanta questionamentos sobre a legalidade das autuações feitas nessas condições e gera revolta entre quem transita pela via diariamente.
A busca por uma solução e o risco de acidentes
Sem a indicação luminosa clara, muitos condutores tentam adivinhar o momento certo de atravessar, observando o fluxo lateral ou tentando deduzir pelo semáforo da rua próxima. Essa prática, além de perigosa, aumenta o risco de colisões e atropelamentos, já que cada motorista interpreta a situação de maneira diferente.
Especialistas em trânsito alertam que a ausência de sinalização adequada compromete diretamente a segurança viária e contraria o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que exige condições mínimas para a aplicação de penalidades. Em casos assim, os motoristas prejudicados podem recorrer das multas, já que a falha no semáforo configura uma irregularidade.
A responsabilidade pela manutenção
A responsabilidade pela manutenção dos semáforos em Cuiabá cabe à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). A pasta, em situações normais, deve garantir que todos os equipamentos de sinalização estejam em pleno funcionamento para assegurar a fluidez e a segurança do trânsito. A falha apontada na Miguel Sutil expõe não apenas a fragilidade da infraestrutura local, mas também a necessidade de fiscalizações e manutenções mais frequentes.
Enquanto isso, quem trafega pelo trecho continua em alerta, tentando driblar a incerteza no momento de cruzar o sinal. Para evitar multas injustas, especialistas orientam que motoristas redobrem a atenção e, se possível, registrem a situação por meio de fotos ou vídeos, caso precisem contestar futuras autuações.
Sim, mas eles podem recorrer alegando a ausência de sinalização.
A responsabilidade é da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
Motoristas devem redobrar a atenção e, se possível, registrar o defeito com fotos ou vídeos para comprovar a falha.