Uma briga dentro de um avião da Gol, em fevereiro de 2023, resultou na condenação da empresa a pagar R$ 20 mil em danos morais para uma mãe e sua filha, que foram vítimas de agressões físicas e verbais. O caso, que ganhou repercussão nas redes sociais, ocorreu durante um voo entre Salvador e São Paulo e levantou debates sobre direitos dos ageiros e responsabilidade das companhias aéreas.
O início da confusão: uma poltrona na janela
A confusão começou quando a mãe, de 42 anos, e sua filha, de 19, embarcaram no avião e perceberam que a poltrona na janela, reservada e paga por elas, estava ocupada por uma mulher com uma criança no colo. A mãe e a filha pediram que a família da criança desocue o assento, mas a família as xingou e agrediu verbalmente. A situação escalonou para agressões físicas, com outros ageiros da mesma família participando do conflito. A filha tentou defender a mãe e também acabou machucada.
A responsabilidade da companhia aérea
A Justiça de São Paulo considerou que a Gol falhou em garantir a segurança das ageiras. O juiz Sergio Castresi de Souza Castro destacou que a empresa deve impedir que ageiros ocupem assentos reservados por outros, sob pena de responsabilização. Além disso, ele criticou a Gol por imputar publicamente à vítima a culpa pelo ocorrido, ao sugerir que ela “falhou em ser empática” por não ceder o lugar à mãe com a criança.
O impacto do caso e a decisão judicial
Vídeos da confusão dentro do avião viralizaram nas redes sociais. A tripulação acionou a Polícia Federal, mas os envolvidos desembarcaram voluntariamente, e nenhuma ocorrência foi registrada. A Justiça determinou que a Gol pague R$ 10 mil para cada uma das vítimas, valor que compensa o sofrimento e penaliza a empresa por sua omissão. A empresa ainda pode recorrer da decisão.
Perguntas frequentes:
A Justiça condenou a empresa por não garantir a segurança das ageiras e por permitir que outros ocuem assentos reservados, o que provocou a confusão.
Acabaram sendo retirados do voo e realocados em outros aviões.
O valor de 10 Mil para cada vítima, totalizando em 20 mil de danos morais.