Na madrugada de 15 de julho, um incêndio devastou o Shopping Popular de Cuiabá, destruindo mais de 600 lojas e impactando a fonte de renda de 3.000 pessoas. Determinados a retomar suas atividades, muitos comerciantes montaram tendas improvisadas na Avenida Carmindo de Campos, transformando o local em uma feira de rua.
O novo espaço na Avenida Carmindo de Campos não apenas reúne os comerciantes, mas também a comunidade, que tem mostrado grande solidariedade. A improvisada “Praça de Alimentação” na calçada em frente às tendas é um exemplo de adaptação e cooperação.
Rhuan Henrique Prudente Santos, dono de uma banca de sucos e açaís, foi um dos primeiros a se instalar na área. Ele destacou a importância do apoio comunitário: “A população de Cuiabá está nos ajudando bastante nesse momento. Um ajudando o outro aqui.”
A infraestrutura improvisada traz desafios significativos, especialmente para quem trabalha com alimentos. A falta de água e energia adequadas tem sido contornada com a ajuda de parceiros, que fornecem recursos essenciais para manter os negócios funcionando.
Luciana Maria Pereira, que trabalha no Shopping Popular há 28 anos, relembra os desafios iniciais como camelô. “Voltamos para o início, como camelô mesmo, em barracas, sem estrutura. As pessoas pensam que tem mercadoria, mas tudo isso aqui está fiado.”
Luciana, como muitos outros, perdeu tudo no incêndio, mas encontrou forças para seguir em frente, instalando sua banca sob uma das tendas adquiridas pelos próprios comerciantes ou doadas por grupos solidários.
Medidas da Prefeitura e Futuro dos Comerciantes
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, anunciou medidas emergenciais para ajudar os comerciantes. A prefeitura disponibilizou linhas de crédito de até R$ 25 mil para cada lojista afetado, permitindo que recomecem suas atividades e adquiram novos estoques. Há discussões em andamento para encontrar um local definitivo e adequado para reinstalar os comerciantes.
A tragédia que assolou o Shopping Popular de Cuiabá não destruiu o espírito empreendedor e a vontade de recomeçar dos comerciantes locais.