O ex-presidente Fernando Collor foi detido na madrugada desta sexta-feira (25) no aeroporto de Maceió, momentos antes de embarcar para Brasília, onde pretendia se entregar às autoridades. A prisão ocorreu após o ministro do STF Alexandre de Moraes rejeitar recursos da defesa e determinar o cumprimento imediato da pena de 8 anos e 10 meses de prisão, em um caso derivado da Lava Jato. O episódio marca um novo capítulo na trajetória do político que já havia enfrentado impeachment em 1992.
A prisão surpresa no aeroporto
Por volta das 4h21, agentes da Polícia Federal abordaram Collor de forma discreta no aeroporto Zumbi dos Palmares. O ex-presidente, primeiro chefe de Estado eleito após a redemocratização, tornou-se o terceiro ex-mandatário preso no Brasil, seguindo os os de Lula e Dilma Rousseff em contextos distintos. A defesa alegava que Collor iria se apresentar espontaneamente em Brasília, mas a Justiça optou por antecipar a detenção.

O caso que levou à condenação definitiva
A condenação refere-se a esquemas de corrupção envolvendo contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia durante seu mandato como senador. Collor foi acusado de receber propina para facilitar acordos irregulares na construção de bases de combustíveis. Dois empresários também foram condenados no mesmo processo. Com o trânsito em julgado, não há mais possibilidade de recurso, encerrando uma batalha jurídica que se arrastava por anos.
Repercussão política e próximos os
O STF marcou uma sessão virtual para revisar a decisão de Moraes, mas a ordem de prisão permanece válida. O caso reacende debates sobre a Lava Jato e o tratamento judicial de figuras políticas. Enquanto alguns celebram a decisão como vitória contra a impunidade, outros questionam o timing e o rigor da medida. Collor agora aguarda transferência para o sistema prisional do DF, onde cumprirá pena por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Perguntas rápidas sobre o caso
1. Qual foi o crime que levou Collor à prisão?
Ele foi condenado por receber propinas em esquemas envolvendo contratos da BR Distribuidora quando era senador.
2. A defesa ainda pode recorrer?
Não. Com o trânsito em julgado, a condenação se torna definitiva, e o condenado deve cumprir a pena.
3. Onde ele ficará preso?
Inicialmente, a Polícia Federal de Maceió o mantém, mas deve transferi-lo para o sistema prisional do Distrito Federal.
O episódio fecha um ciclo na vida política de Collor, mas deixa questões sobre o legado da Lava Jato e os padrões de ability no Brasil. Enquanto isso, o país acompanha mais um capítulo histórico em sua complexa relação com a justiça e o poder.