Coach é confiável? Veja o que a universidade de Harvard diz a respeito

Você já teve a sensação de que, de repente, todo mundo é coach? Espalhados principalmente no Instagram e no LinkedIn, recheando as redes de textos motivacionais sobre carreira e desenvolvimento pessoal, essas pessoas são vistas com um certo estigma. Não é por acaso, já que, de fato, há muitos charlatões nesse meio tentando vender cursos e fórmulas de sucesso, sem nunca terem tido sucesso por si próprios.

O preconceito com a atividade acaba prejudicando também os coaches de fato: uma pesquisa da renomada consultoria PwC mostrou que, para 63% dos coaches brasileiros, a má fama de indivíduos sem formação é o principal obstáculo para o avanço do coaching.

O estigma já chegou a um ponto tão extremo que uma proposta para criminalização do coaching foi enviada ao Congresso em 2019:

Proposta de criminalização do coaching tramita no Congresso.
Fonte: Correio Braziliense
Mas, afinal, a atividade do coaching em si é furada?

Para a Harvard Business Review, uma das revistas de negócios mais importantes do mundo, associada à universidade de Harvard, não. Mas é preciso ter cuidado e escolher o seu mentor com sabedoria.

Outro estudo interessante, feito pelo Instituto de Coaching e divulgado pela Forbes, revela que 70% dos indivíduos que receberam orientações de coaches sérios e profissionais aumentaram sua performance no trabalho, melhoraram seus relacionamentos interpessoais e desenvolveram habilidades de comunicação mais efetivas. Características essas essenciais principalmente para quem tem seu próprio negócio ou trabalha de forma autônoma.

Das empresas que investiram em coaching, por sua vez, 86% delas dizem ter recuperado o investimento feito e ainda conseguido mais dinheiro após implementar as estratégias indicadas.

Ou seja: é possível sim obter bons resultados profissionais com a ajuda de coaches, mas não é qualquer pessoa postando frases motivacionais no Instagram que vai ser capaz de te ajudar. Mais do que uma simples orientação, a atividade do coaching tem princípios sérios por trás, que envolvem conhecimentos na área de recursos humanos, psicologia, empreendedorismo e istração.

Coaching não é frase motivacional; Apple, Coca-Cola e Santander concordam com isso

O “boom” dos coaches não é uma mera percepção: segundo a PwC, em 2020, havia cerca de 71 mil desses profissionais ao redor do mundo ‒ um número 33% maior do que em 2016. Na América Latina e Caribe, o crescimento nesses quatro anos foi ainda mais expressivo: 174%.

A indústria do coaching movimenta bilhões de dólares todos os anos e não é de se estranhar que tantas pessoas queiram “abocanhar” para si uma parte desses ganhos, mesmo sem ter a capacitação profissional necessária.

Acontece que o coaching não se resume a indicar livros de autoajuda e repetir bordões batidos. Quem sabe muito bem disso é Roberto Shinyashiki, empresário, médico e escritor que foi um dos precursores da profissão no país.

Há mais de 30 anos atuando como coach e palestrante no Brasil e no exterior, Shinyashiki é autor de livros best-sellers, em que explora os temas de desenvolvimento pessoal e profissional e mostra algumas das estratégias que desenvolveu ao longo de décadas de experiência trabalhando em diversos nichos de mercado.

Segundo o escritor, um bom treinamento de coaching pode ser capaz de transformar o contexto profissional de indivíduos e potencializar o resultado de empresas, sejam elas de pequeno ou grande porte. Não por acaso, 61% dos coachees (mentorandos dos coaches) são gestores do mundo corporativo.

Santander, Coca-Cola e Apple são apenas alguns dos exemplos das empresas que têm investido em cursos de qualificação para seus colaboradores.

E o que explica todo esse investimento em coaching? Por que tantas pessoas e instituições estão indo atrás desse tipo de orientação?

Para quê serve um coach?

Ninguém procura orientação sem ter um objetivo por trás. No caso daqueles que procuram o coaching para desenvolvimento profissional, algumas das metas mais comuns são:

  • Aumentar o faturamento;
  • Conquistar mais clientes;
  • Fazer entregas mais assertivas;
  • Expandir os negócios.

Com estratégias que têm fundamentos no ramo da istração, da psicologia e até mesmo do marketing, os coaches buscam entender o contexto de cada pessoa e entregar soluções efetivas e que podem ser testadas de forma rápida.

Claro que, nesse contexto, algumas técnicas podem falhar ou precisarem ser adaptadas ‒ daí a importância de manter um acompanhamento com o coach, indo além de uma única sessão de mentoria.

E você, acredita em coaches ou acha que são uma furada?

Via Seu dinheiro

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