China promete retaliação a países que favorecerem acordos com os EUA

China promete retaliação a países que favorecerem acordos com os EUA

A China elevou o tom nesta segunda-feira (21) ao afirmar que responderá com “retaliações correspondentes” a qualquer país que firmar acordos comerciais com os Estados Unidos que prejudiquem seus interesses. A declaração, feita pelo Ministério do Comércio chinês, marca mais um capítulo da crescente guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo. Com isso, o cenário global se complica, e outros países am a enfrentar um dilema diplomático delicado.

Enquanto os EUA aumentam tarifas, China convoca reunião na ONU

Logo após os Estados Unidos anunciarem tarifas de até 245% sobre produtos chineses, o governo chinês reagiu de forma imediata. Como resposta, Pequim enviou uma carta a todos os membros da ONU solicitando uma reunião urgente do Conselho de Segurança. O objetivo da convocação é claro: denunciar o que os chineses classificam como “bullying econômico” por parte de Washington. Dessa forma, a China busca internacionalizar o embate e construir um apoio multilateral contra as ações norte-americanas.

Por outro lado, Pequim reforça imagem de defensora do multilateralismo

Além da reação diplomática, a China ou a se posicionar como uma espécie de guardiã do comércio global justo. O porta-voz Li Jian criticou duramente a política de “pressão máxima” dos EUA, pedindo o fim das ameaças e das chantagens. Segundo ele, caso o comércio internacional regresse à “lei da selva”, todos os países, sem exceção, sairão prejudicados. Assim, a China tenta convencer outras nações a rejeitarem o unilateralismo e a se unirem em defesa de regras equitativas e previsíveis.

Nesse contexto, países aliados dos EUA ficam sob pressão

Enquanto os dois gigantes trocam acusações, outras nações observam a disputa com cautela. A advertência chinesa é direta: se algum país fechar acordos com os EUA que afetem os interesses de Pequim, sofrerá retaliação. Isso obriga governos, especialmente da Europa e da Ásia, a repensarem suas estratégias comerciais. Portanto, a disputa não é apenas entre China e Estados Unidos — ela já afeta o equilíbrio geopolítico global e impõe escolhas difíceis a aliados e parceiros comerciais.

Perguntas frequentes

Será que a ONU conseguirá mediar uma solução concreta?

A ONU pode promover o diálogo, mas tem limitações para impor decisões.

Como os países menores devem agir diante da pressão dos gigantes?

Países menores devem apostar na diplomacia e em alianças estratégicas equilibradas.

O comércio internacional está entrando numa nova era de confronto?

Sim, a tendência aponta para blocos comerciais mais fechados e disputas prolongadas.

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