O que era para ser uma cerimônia de despedida silenciosa transformou-se, inesperadamente, em uma cena de pânico. No Cemitério Greenmount, na Filadélfia, o solo cedeu exatamente no momento em que os carregadores se aproximavam da sepultura de Benjamin Aviles, de 66 anos. Como resultado, um buraco de cerca de dois metros se abriu sob os pés dos presentes, fazendo com que o caixão e seus portadores despencassem.
Filho é atingido, desmaia e gera ainda mais tensão
Enquanto todos tentavam compreender o que havia acontecido, o filho do falecido foi atingido pelo próprio caixão. Segundo testemunhas, ele desmaiou imediatamente ao ser pressionado contra o chão enlameado. De acordo com Maribelle Rodriguez, enteada de Aviles, “o caixão estava em cima dele, e ele estava apagado com o rosto na lama”. Felizmente, após alguns minutos de tensão, ele foi socorrido e recobrou a consciência, embora ainda em estado de choque. Por sorte, os demais envolvidos sofreram apenas ferimentos leves.
Cemitério antigo, pouca manutenção e ausência de fiscalização
Apesar da tragédia ter sido contida rapidamente, o episódio levanta questionamentos importantes sobre a segurança estrutural de cemitérios históricos. O Greenmount, inaugurado no século XIX, apresenta sinais evidentes de desgaste. Além disso, a falta de manutenção contínua e de inspeções técnicas regulares pode ter contribuído diretamente para o acidente. Assim como em outros estados norte-americanos, há registros anteriores de desabamentos semelhantes, principalmente em cemitérios com solo instável ou mal drenado.
Família cogita ação judicial e caso reacende debate sobre fiscalização
Diante do ocorrido, a família de Benjamin Aviles não descarta acionar judicialmente a istração do cemitério. Conforme especialistas em direito civil, funerais também exigem garantias mínimas de segurança para os presentes. Portanto, esse caso pode se tornar emblemático para discutir a necessidade de normativas mais rígidas para sepultamentos em espaços públicos e privados.
Perguntas frequentes
Através de inspeções periódicas de solo, reforço estrutural das sepulturas e drenagem adequada.
Embora exista regulamentação sanitária, normas de engenharia e fiscalização variam muito entre os estados.
Sim. Caso se comprove negligência, o cemitério pode ser responsabilizado civilmente e obrigado a pagar danos morais e materiais.