Censo 2022 revela expansão de favelas em Mato Grosso

Crescimento das Favelas é Destaque no Censo de 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em 8 de novembro, o Censo 2022. O levantamento revela o aumento de áreas classificadas como favelas em Mato Grosso. Em especial, essa expansão ocorre na capital, Cuiabá. Ao todo, o estado tem 58 favelas, sendo 47 em Cuiabá e 11 em municípios como Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Cáceres. Esses números evidenciam um crescimento alarmante de habitações precárias e indicam a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura e nos serviços públicos.

Cuiabá: Capital com Alta Concentração de Favelas

Em Cuiabá, bairros como Jardim Imperial, Três Barras, Pedregal e Pedra 90 se destacam, portanto, como áreas de favela. De fato, essa concentração evidencia, mais do que nunca, a necessidade urgente de políticas públicas específicas para melhorar as condições nessas comunidades. Segundo o IBGE, as áreas classificadas como favelas apresentam, em geral, oferta incompleta de serviços públicos e falta de infraestrutura planejada. Além disso, frequentemente ocupam zonas com restrições ambientais e urbanísticas.

Distribuição das Favelas em Outros Municípios

Outros municípios de Mato Grosso também possuem áreas de favela, ainda que em menor número. Em Várzea Grande, os bairros Lagoa do Jacaré e Vila Vitória foram mapeados. Em Rondonópolis, três áreas entram na lista: Jardim Itapuã, Vila Amizade e Vila Mamed. Em Sinop e Cáceres, os bairros Jardim do Ouro e Jardim Imperial também aparecem como favelas. Assim, cada município enfrenta desafios semelhantes quanto à infraestrutura e moradia digna.

Além dos dados de Mato Grosso, o IBGE destaca um aumento das favelas em todo o Brasil. Hoje, 16,4 milhões de brasileiros vivem nessas áreas, representando 8,1% da população nacional. Em comparação, em 2010, esse número era de 6%. Portanto, o crescimento reflete tanto o aumento populacional quanto a melhoria nas técnicas de coleta de dados do IBGE. Essas novas metodologias identificam melhor áreas antes ignoradas.

No Brasil, as favelas apresentam uma diversidade geográfica significativa. Elas se espalham em morros, baixadas, alagados e margens de rios. Embora predomine nas áreas litorâneas e na calha do Rio Amazonas, a realidade de todas é a mesma: o precário a serviços básicos e infraestrutura.

Perfil dos Moradores: Juventude e Diversidade Racial

Em geral, a população das favelas no Brasil é jovem, com idade média de 30 anos. Além disso, a diversidade racial é marcante: pardos representam 56,8%, pretos 16,1% e brancos 26,6%. Esses dados revelam desigualdades sociais e econômicas, pois grande parte das minorias vive em áreas de moradia precária.

O censo também aponta a presença de 7.896 estabelecimentos de ensino e 2.792 unidades de saúde nas favelas, embora esse número ainda seja insuficiente. Assim, fica clara a necessidade de ampliar os serviços básicos nessas áreas.

Com o aumento das favelas, os dados do Censo 2022 reforçam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes. Essas políticas devem ser capazes de melhorar a infraestrutura e os serviços para moradores de favelas. Investir em planejamento urbano e desenvolvimento pode reduzir desigualdades sociais e oferecer condições dignas para essas comunidades. A expansão das favelas em Mato Grosso e no Brasil exige atenção, planejamento e ações que respondam a essas necessidades com urgência.

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