“Celular na PCE custa entre R$ 5 mil a R$ 20 mil reais”, revela desembagador; veja vídeo

Celulares na PCE: Aparelhos Chegam a Custar R$ 20 Mil e Desembargador Pede Rigor na Fiscalização

O desembargador Orlando Perri, supervisor de Fiscalização e Monitoramento do Sistema Prisional de Mato Grosso, revelou que os preços dos celulares vendidos dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) podem variar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Diante disso, Perri criticou veementemente a corrupção nas penitenciárias do estado e, ao mesmo tempo, defendeu medidas mais rigorosas para combater a entrada de celulares e outros materiais ilícitos.

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Operação Raio Limpo apreende 71 celulares

A segunda fase da Operação Raio Limpo, realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), ocorreu nesta segunda-feira (14) e resultou na apreensão de 71 celulares, 130 chips e porções de drogas na PCE, localizada em Cuiabá. O trabalho envolveu cerca de 120 agentes das forças de segurança, incluindo policiais penais, civis e militares. Além disso, Perri enfatizou que é crucial intensificar a fiscalização na entrada das unidades prisionais.

De acordo com o desembargador, todos aqueles que am os presídios, sem exceção, deveriam ar por scanners. Ele defendeu que juízes, promotores e até o governador precisam ser submetidos a essa vistoria. “Eu defendo uma fiscalização rigorosa na entrada do sistema prisional. Todos devem ser vistoriados, porque sabemos que não são apenas os visitantes que inserem celulares, mas também há corrupção dentro do sistema”, afirmou Perri.

Corrupção facilita entrada de celulares nas penitenciárias

Perri apontou que, além dos visitantes, pessoas em liberdade também colaboram para inserir celulares dentro dos presídios. Ele ainda destacou a importância de se garantir o cumprimento do decreto assinado pelo governador Mauro Mendes em 2022, que proíbe a entrada de aparelhos eletrônicos nos presídios, inclusive para os policiais penais. Nesse sentido, o desembargador cobrou que a aplicação do decreto seja mais rígida e eficaz.

Medidas de segurança em andamento

Em relação às medidas para dificultar o uso de celulares nas celas, Perri reforçou que a instalação de câmeras nas entradas e saídas dos presídios é essencial para garantir uma fiscalização eficiente. Ele também confirmou que estão retirando as tomadas de energia das celas para impedir o carregamento dos aparelhos, embora os detentos, chamados de “MacGyvers” pelo desembargador, frequentemente encontrem maneiras de burlar as restrições.

Apesar das medidas em andamento, o sistema prisional de Mato Grosso continua enfrentando desafios significativos. No entanto, as operações e a pressão por maior fiscalização visam combater a corrupção e controlar o tráfico de celulares dentro das unidades prisionais.

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