A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (9), os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, acusados de mandar matar o advogado Renato Nery, executado a tiros em 5 de julho de 2023, na porta do escritório onde trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O casal pagou R$ 150 mil pela execução e prometeu um total de R$ 200 mil pelo Instagram.
A investigação aponta que os empresários planejaram o homicídio em meio a uma disputa por terras, mas a polícia ainda não revelou os detalhes da desavença, pois o inquérito corre em segredo de justiça. Agentes cumpriram o mandado de prisão na cidade de Primavera do Leste, onde o casal morava.
Mandantes contrataram militares e um caseiro para executar o crime
De acordo com o inquérito, os empresários recrutaram três executores para matar o advogado: os militares Heron Teixeira Pena Vieira e Jackson Pereira Barbosa, além do caseiro Alex Roberto de Queiroz, que efetuou os disparos fatais. Alex trabalhava em uma chácara de propriedade de Heron, o que reforça o vínculo direto entre os participantes da execução.
A polícia já prendeu todos os envolvidos durante as operações Office Crimes e Office Crime – o Elo. Os investigadores ainda não confirmaram quanto cada executor recebeu, mas o grupo já responde por homicídio qualificado, crime que pode resultar em até 30 anos de prisão.
Justiça já monitorava o casal com tornozeleiras
Antes da prisão, a Justiça havia imposto medidas cautelares ao casal. Desde abril, os dois usavam tornozeleiras eletrônicas por decisão judicial. A polícia agora trata a prisão como etapa decisiva para consolidar as acusações contra os mandantes.
Perguntas frequentes
Os empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, segundo a Polícia Civil.
R$ 150 mil, embora tivessem prometido R$ 200 mil aos executores.
Por causa de uma disputa de terras envolvendo os mandantes do crime.