Uma câmera de segurança registrou o momento em que um carro em alta velocidade atropelou um homem que caminhava à beira de uma via urbana. O impacto, conforme as imagens revelam, foi tão forte que a vítima foi arremessada para fora do campo de visão. Ao lado dele, uma mãe com seu filho pequeno escapou por centímetros. O vídeo, rapidamente compartilhado nas redes sociais, reacendeu o debate sobre a segurança dos pedestres no Brasil.
Apesar das leis, motoristas seguem ignorando a prioridade do pedestre
Embora o Código de Trânsito Brasileiro estabeleça a prioridade do pedestre, na prática, essa norma raramente é respeitada. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 4 mil pessoas morreram atropeladas no país apenas em 2023. Em grande parte dos casos, os acidentes ocorrem em locais com pouca iluminação, ausência de calçadas ou sem qualquer sinalização. Portanto, não se trata apenas de imprudência individual, mas também da omissão estrutural do poder público.
Além disso, especialistas apontam que campanhas educativas de trânsito vêm perdendo espaço nos orçamentos municipais, o que agrava ainda mais a situação. Consequentemente, os pedestres seguem expostos e vulneráveis, especialmente em regiões periféricas.
População denuncia abandono e insegurança constante
Enquanto as autoridades mantêm sigilo sobre o caso, moradores da região relatam o medo diário de caminhar por aquela via. De acordo com testemunhos locais, a velocidade dos veículos que transitam por ali sempre foi motivo de preocupação. “Aqui, a gente corre quando ouve o carro vindo. É instinto de sobrevivência”, afirmou um morador que preferiu não se identificar.
Ao mesmo tempo, a falta de resposta oficial amplia a sensação de abandono. Afinal, quando o silêncio é maior que a ação, a população se sente cada vez mais desamparada diante do descaso.
Sem infraestrutura adequada, pedestres continuam pagando com a vida
A ausência de calçadas, a má iluminação e a negligência na fiscalização formam um cenário recorrente nas cidades brasileiras. Assim, o pedestre caminha sobre a incerteza, mesmo em trechos urbanos movimentados. Enquanto o poder público não investir em infraestrutura segura e os motoristas não forem responsabilizados de forma eficaz, tragédias como essa continuarão se repetindo.
Em resumo, a responsabilidade por evitar novos acidentes não pode ser atribuída apenas ao acaso. É preciso ação concreta, coordenação entre órgãos e, sobretudo, respeito à vida de quem anda a pé.
Perguntas frequentes
A junção de alta velocidade, negligência e falta de estrutura urbana.
Até agora, não há informações confirmadas sobre o estado de saúde do homem.
A investigação segue em andamento, mas ainda não divulgaram o nome do condutor.
