Uma cena curiosa chamou atenção em Santo André após a forte chuva da última segunda-feira (31). Uma família de capivaras foi flagrada nadando pela Avenida dos Estados, uma das principais vias da cidade. O vídeo, registrado próximo a um posto de combustível, viralizou nas redes sociais. Entretanto, por trás do inusitado, o episódio revelou problemas recorrentes de infraestrutura urbana.
Temporal provoca caos e paralisa serviços essenciais
A chuva intensa despejou 95 milímetros de água em poucas horas, o equivalente a 42% da média mensal de março. Como resultado, ruas ficaram intransitáveis, veículos foram engolidos pela água e o transporte ferroviário precisou ser suspenso.
Além disso, o Corpo de Bombeiros recebeu 63 chamados por alagamentos e 23 por quedas de árvores. Embora a situação tenha gerado apreensão, as autoridades não encontraram vítimas nos veículos submersos. Por outro lado, moradores enfrentaram longas horas de espera no trânsito e transtornos para retornar às suas casas.
Animais silvestres enfrentam impactos da urbanização
Enquanto a cidade tentava se reorganizar, as capivaras nadavam calmamente entre os carros abandonados. Esse comportamento, apesar de parecer exótico, é consequência direta da urbanização desordenada. Como vivem próximas a rios e córregos, esses animais perdem seu habitat sempre que enchentes tomam conta da paisagem urbana.
Consequentemente, eles procuram novas rotas, invadindo o espaço urbano. A cena levantou debates sobre a falta de planejamento ambiental e a urgência de integrar soluções ecológicas ao crescimento das cidades.
Defesa Civil mantém alerta para novos temporais
Diante do cenário, a Defesa Civil emitiu novos alertas para a região do ABC Paulista. O órgão recomenda que os moradores evitem áreas alagáveis e fiquem atentos às previsões meteorológicas.
Em síntese, a imagem das capivaras nadando virou símbolo de um desequilíbrio entre cidade e natureza, reforçando a necessidade de políticas públicas mais sustentáveis e eficazes.
Perguntas frequentes
Elas fugiram do alagamento nas margens dos rios e buscaram locais mais secos.
Sim. Em poucas horas, caiu o equivalente ao esperado para quase duas semanas.
Sim. A Defesa Civil segue monitorando e orienta a população sobre os riscos.