Cão policial salta de paraquedas em treinamento da PM no Brasil; veja vídeo

Cão policial salta de paraquedas em treinamento da PM no Brasil

Pela primeira vez na história da Polícia Militar brasileira, um cão saltou de paraquedas durante uma operação de treinamento. O feito, que ocorreu em abril em Boituva, interior de São Paulo, foi divulgado apenas nesta quarta-feira (21) pela Secretaria da Segurança Pública. O protagonista, chamado Coyote, é um pastor belga malinois de 3 anos que atua no canil da PM na zona norte da capital paulista.

Desde o início da missão, o animal demonstrou comportamento exemplar. Conforme relatado pelo cabo Diego Albuquerque, seu tutor, Coyote permaneceu calmo durante todo o processo, mesmo usando os equipamentos de segurança necessários. Isso só foi possível, aliás, graças ao treinamento intenso ao qual o cão já havia sido submetido anteriormente, incluindo descidas de rapel e simulações de campo.

Equipamentos sob medida garantem segurança do animal

Para que o salto ocorresse com total segurança, a Polícia Militar utilizou equipamentos especialmente adaptados para Coyote. A viseira e as proteções, por exemplo, não interferiram em sua respiração, mobilidade nem alimentação. Além disso, a corporação destacou que uma equipe veterinária acompanha continuamente a saúde dos cães, o que reforça o cuidado com o bem-estar animal.

Outro aspecto importante diz respeito ao transporte dos cães, já que as viaturas da PM são adaptadas para garantir conforto durante os deslocamentos. Ao mesmo tempo, os animais recebem reforço positivo após cada atividade ou seja, ao final dos exercícios, ganham brinquedos ou petiscos. Isso contribui para que associem o trabalho a algo prazeroso, o que aumenta sua disposição e eficiência em ação.

A nova estratégia aérea da PM com cães treinados

A partir desse salto inédito, a PM pretende adotar o uso de cães em operações aéreas com maior frequência. Em muitas situações, especialmente em áreas de difícil o por terra, o lançamento com paraquedas pode se tornar a forma mais rápida de intervenção. Como exemplo, o cabo Albuquerque citou casos em que suspeitos se escondem em regiões sem aeroporto ou campo de pouso. Nesses contextos, enquanto parte da equipe chega por terra, outra pode saltar diretamente na área de atuação.

Ainda que o Exército Brasileiro já utilizasse cães paraquedistas, esta é a primeira vez que uma polícia estadual adota essa abordagem. A expectativa, portanto, é que o caso de Coyote abra caminho para novas experiências com outros cães, desde que tenham o perfil e o preparo adequados.

Perguntas frequentes

Será que Coyote percebeu que estava voando?

Tudo indica que não. O treinamento o condiciona a seguir comandos com confiança, mesmo em situações fora do comum.

Esse tipo de salto pode se tornar rotina?

Sim, desde que o cão demonstre equilíbrio emocional, preparo físico e bom desempenho em treinos semelhantes.

Outras PMs do Brasil podem aderir à técnica?

É possível. Com o sucesso da operação, o método poderá servir de referência para outras unidades policiais do país.

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