Um caminhão que transportava 140 porcos tombou ao perder os freios em uma ladeira acentuada na BR-356, em Muriaé (MG). Conforme relatado pelo motorista, os freios superaqueceram e, em seguida, deixaram de funcionar. Ele ainda tentou usar o freio-motor como recurso emergencial, mas o peso da carga impediu o controle do veículo. Como resultado, o caminhão tombou ao cruzar o desvio improvisado da Ponte da Embaúba. O motorista, apesar do susto, sofreu apenas escoriações leves e não precisou de atendimento hospitalar.
Animais mortos e trânsito interrompido por horas
Logo após o acidente, a cena se tornou caótica. Muitos porcos morreram com o impacto, enquanto outros escaparam e correram pela rodovia, dificultando o tráfego e exigindo ação imediata das autoridades. De acordo com vídeos que circularam nas redes sociais, os animais aram a circular entre os carros, causando espanto em motoristas e moradores locais. Além disso, a captura dos porcos exigiu o trabalho conjunto de agentes municipais e populares. Portanto, o episódio reforçou a fragilidade do transporte de animais em trechos com infraestrutura precária.
Desvios mal planejados expõem riscos diários
Por outro lado, o acidente evidenciou um problema mais amplo. O desvio onde ocorreu o tombamento substitui temporariamente a Ponte da Embaúba, interditada há meses. Segundo a prefeitura, a licitação para a nova ponte segue em andamento, mas ainda sem data definida para o início das obras. Entretanto, a falta de sinalização adequada e as condições irregulares da via colocam em risco todos os que circulam por ali. Dados da Polícia Rodoviária Federal revelam que acidentes em desvios improvisados aumentaram 17% apenas neste ano. Além disso, o Ministério Público de Minas Gerais abriu investigação para apurar possíveis omissões no caso.
Perguntas frequentes
O planejamento dos desvios cabe ao DNIT ou à concessionária da rodovia, dependendo da jurisdição.
Em muitos casos, esses caminhões enfrentam excesso de peso, longas distâncias e estradas mal conservadas, o que aumenta o risco de falhas mecânicas.
Sim, existem normas do Ministério da Agricultura e da ANTT, mas a fiscalização nem sempre é efetiva, especialmente em regiões mais afastadas.