A Câmara Municipal de Cuiabá adiou, por falta de quórum, a votação que poderia instaurar uma comissão processante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Inicialmente marcada para o dia 1º de outubro, a sessão não ocorreu porque, embora 11 dos 25 vereadores tenham comparecido, o regimento exige a presença mínima de 13 parlamentares. Dessa forma, a ausência de parte dos vereadores impediu o prosseguimento da deliberação.
Ausências de vereadores causam adiamento
As ausências de sete vereadores foram determinantes para o adiamento da votação. Dídimo Vovô (PSB), Mario Nadaf (PV), Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Jr (PV), Rogério Varanda (PSDB), Renivaldo Nascimento (PSDB) e Kássio Coelho (PRD) não compareceram. Além disso, Lilo Pinheiro (PP), Rodrigo Arruda e Sá (PSDB) e Wilson Quero Quero (PMB) também não participaram da sessão e, para agravar a situação, não justificaram suas ausências. Com isso, o quórum necessário foi comprometido, impossibilitando a continuidade do processo.
Vereadores presentes na sessão
Enquanto isso, a sessão foi presidida pelo 2º vice-presidente, Sargento Vidal (MDB), e contou com a presença de 11 parlamentares. Estiveram presentes Demilson Nogueira (PP), Michelly Alencar (União), Maysa Leão (Republicanos) — autora do pedido de investigação —, Felipe Corrêa (PL), Sargento Joelson (PSB), Cezinha Nascimento (PL), Robinson Cireia (PT), Luiz Fernando (União), Dilemário Alencar (União) e Eduardo Magalhães (Republicanos). Assim, embora houvesse apoio para a votação, o número insuficiente de vereadores inviabilizou a decisão.
Nova data de votação definida
Diante desse cenário, a Câmara Municipal remarcou a votação para o dia 8 de outubro. Agora, o pedido de instauração da comissão processante será incluído como o último item da pauta. Caso a maioria simples dos vereadores vote a favor, a Câmara sorteará os três membros que comporão a comissão responsável pela investigação. Posteriormente, a comissão terá 90 dias para apurar as denúncias apresentadas.
Justificativa de Maysa Leão para o pedido
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) apresentou o pedido de investigação no dia 24 de setembro, alegando que o prefeito Emanuel Pinheiro tem agido de forma incompatível com o decoro exigido pelo cargo. Ela baseou seu pedido em 18 operações policiais, incluindo a Operação Oráculo e a Operação Athena, que investigam supostos pagamentos irregulares na Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Expectativa para a próxima sessão
Portanto, a sessão marcada para 8 de outubro será crucial para determinar os próximos os do processo contra Emanuel Pinheiro. Se a comissão processante for instaurada, a investigação poderá trazer desdobramentos importantes, impactando diretamente a gestão do prefeito. Dessa maneira, o cenário político de Cuiabá segue tenso, com possíveis consequências também para as eleições que se aproximam.