A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou, por 13 votos a 1, uma nota de repúdio contra o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e outros 12 parlamentares que votaram a favor da liberação de mercadinhos dentro de presídios em Mato Grosso. O caso reacendeu o debate sobre transparência na política e os reais impactos da medida no sistema prisional.
Voto secreto x transparência: por que apenas um deputado assumiu a posição
Enquanto a maioria dos deputados manteve o voto em sigilo, Lúdio Cabral foi o único a se manifestar publicamente a favor da derrubada do veto do governador Mauro Mendes (União). A decisão permitiu que detentos tivessem o a pequenos comércios dentro dos presídios. A nota de repúdio da Câmara de Cuiabá questiona não só o conteúdo da votação, mas também a falta de transparência dos demais parlamentares. Afinal, por que tantos preferiram não revelar sua posição?

Economia ou segurança? Os dois lados da polêmica dos mercadinhos
Defensores da medida argumentam que os mercadinhos podem gerar renda para presos e facilitar a compra de itens básicos, reduzindo a dependência de doações. No entanto, críticos alertam para os riscos de lavagem de dinheiro e facilitação do crime organizado dentro das penitenciárias. O governador Mauro Mendes havia vetao a proposta justamente por considerar que o comércio poderia comprometer a segurança. Agora, com a derrubada do veto, a discussão ganha novos capítulos.
Cuiabá x Estado: qual o peso político dessa moção
A nota de repúdio não tem efeito prático direto, mas serve como um termômetro político. Ela mostra a insatisfação de parte da classe política cuiabana com a decisão da Assembleia Legislativa. A questão também expõe a tensão entre diferentes esferas de poder. Enquanto a Câmara Municipal se posiciona contra, os deputados estaduais seguram a decisão final. O desfecho pode influenciar futuras votações sobre temas semelhantes.
Perguntas e respostas
1. Os mercadinhos em presídios já estão funcionando?
Sim, após a derrubada do veto, as unidades prisionais podem implementar o comércio interno, desde que seguindo regras específicas.
2. Por que o voto foi secreto?
O regimento da Assembleia Legislativa permite que certas votações sejam sigilosas, o que gera críticas sobre falta de transparência.
3. A nota de repúdio pode reverter a decisão?
Não, mas aumenta a pressão política sobre os deputados e pode influenciar futuras discussões sobre o tema.
O caso dos mercadinhos nos presídios continua gerando debates acalorados. Enquanto uns veem oportunidade de ressocialização, outros enxergam risco à segurança pública. A polarização deve seguir enquanto o projeto for colocado em prática.