Câmara de Cuiabá aprova moção contra deputados em meio a debate sobre mercadinhos em presídios

A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou uma moção de repúdio contra 13 deputados estaduais que derrubaram o veto do governador Mauro Mendes (União) à instalação de mercadinhos em unidades prisionais. O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), questionou o timing da medida, lembrando que vários vereadores envolvidos na decisão manifestaram interesse em concorrer à Assembleia em 2026.

Contexto da polêmica

O veto governamental, derrubado pela Assembleia em agosto, visava impedir a operação de pequenos comércios dentro dos presídios sob alegação de riscos à segurança. Os deputados favoráveis ao projeto argumentam que a medida traria benefícios aos detentos e suas famílias, além de gerar receita para o sistema prisional.

Repercussão política

Russi destacou que o autor da moção, vereador Dilemário Alencar, já foi candidato a deputado estadual em eleições anteriores. “Há um claro componente político nessa iniciativa, considerando o calendário eleitoral”, afirmou o presidente da Assembleia, sem citar nomes de outros vereadores que estariam se preparando para migrar para a política estadual.

Impactos e próximos os

A moção aprovada pela Câmara Municipal não tem efeito jurídico, mas ganha relevância no atual cenário político. Especialistas em segurança pública divergem sobre os reais impactos dos mercadinhos em presídios, enquanto analistas políticos avaliam que o episódio pode marcar o início das disputas pré-eleitorais em Mato Grosso.

Perguntas e respostas sobre o caso:

1. Qual era o argumento do governador para vetar os mercadinhos?
Mauro Mendes alegou preocupações com segurança, temendo que os estabelecimentos facilitassem a entrada de itens proibidos.

2. A moção de repúdio pode anular a decisão dos deputados?
Não, trata-se apenas de um posicionamento político sem força legal.

3. Existem experiências similares em outros estados?
Sim, alguns estados permitem mercadinhos em presídios, mas com sistemas rigorosos de fiscalização.

O debate continua em aberto, com expectativa de novos desdobramentos no Legislativo estadual e nas prévias eleitorais.

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