Caetano Veloso reacendeu a discussão em torno de uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A pergunta, que utilizava suas músicas e um texto da escritora Tati Bernardi como base, gerou um debate acalorado. A questão pedia que os candidatos identificassem qual recurso garantiu a unidade temática da crônica, o que gerou diferentes interpretações.
Caetano defende alternativa diferente
Para Caetano, a alternativa correta seria a letra A: “intertextualidade, marcada pela citação de versos e de letras de canções”. No entanto, o gabarito extraoficial divulgado pelo Colégio Sigma apontou a alternativa C: “reiteração, marcada pela repetição de uma determinada palavra e de seus cognatos”. Assim, essa discrepância desencadeou discussões fervorosas entre estudantes, professores e fãs do cantor.
Entendendo o contexto da questão
O texto de Tati Bernardi, utilizado como estímulo na prova, explorou o uso da palavra “coisa” e mencionou as músicas “Qualquer Coisa”, “Sampa”, “Lindeza” e “Samba de Verão”, todas de Caetano Veloso. Portanto, o exame desafiava os candidatos a identificarem como o texto mantinha sua coesão e unidade temática.
Debate aquece redes sociais
A opinião de Caetano sobre a resposta correta rapidamente mobilizou as redes sociais. Por um lado, os iradores do cantor concordaram com sua análise, argumentando que as citações musicais eram centrais para o texto e justificavam a intertextualidade. Por outro lado, muitos participantes do debate destacaram que a repetição da palavra “coisa” parecia ser o recurso mais evidente, sustentando assim o gabarito extraoficial.
Reflexões sobre a interpretação de textos
Esse caso trouxe à tona questionamentos importantes sobre a interpretação de textos em exames de grande relevância, como o Enem. Afinal, especialistas afirmam que a análise textual pode ser subjetiva, permitindo múltiplas leituras, especialmente quando envolve obras artísticas.
Portanto, a polêmica em torno da questão do Enem evidencia a complexidade da interpretação dos recursos linguísticos e a necessidade de um olhar crítico sobre a formulação e correção das provas. Assim, a discussão segue aberta, com opiniões divididas sobre a melhor resposta e os critérios que devem nortear as decisões corretivas.