O Papa Francisco, de 88 anos, foi obrigado a interromper a leitura de sua homilia durante a celebração do Jubileu das Forças Armadas, realizado neste domingo (9/2) na Praça de São Pedro, no Vaticano. Devido a dificuldades respiratórias associadas a um quadro de bronquite, o pontífice pediu que o mestre de cerimônias, o arcebispo Diego Ravelli, continuasse a leitura do discurso.
Bronquite força interrupção, mas Papa Francisco mantém firme sua mensagem de paz; veja vídeo
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) February 10, 2025
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“Agora peço desculpa e peço ao mestre que continue a leitura por dificuldade respiratória”, declarou Francisco, recebendo aplausos de apoio dos cerca de 30 mil soldados e policiais presentes.
Mensagem de paz e alerta contra o ódio
Antes de ar o discurso a Ravelli, o Papa conseguiu ler a introdução e o ato penitencial, apesar da voz afetada e de uma tosse constante. A mensagem central da homilia foi um forte apelo pela paz e pela vigilância contra o “veneno da propaganda do ódio” que fragmenta as sociedades. O pontífice exortou as forças armadas a “defender sempre a vida” e a resistir à tentação de glorificar a guerra e a força das armas.
“Peço-lhes, por favor, que vigiem. Vigiem contra a tentação de cultivar um espírito de guerra”, destacava o texto papal, lido para a multidão de uniformizados. O Papa também abordou o papel dos capelães militares, criticando o histórico de líderes religiosos que, em algumas ocasiões, abençoaram conflitos.
Apelo pela paz mundial
Recuperado o suficiente para conduzir a oração do Ângelus, Francisco fez um apelo direto pela paz mundial. O pontífice mencionou conflitos em regiões como Ucrânia, Palestina, Israel, Sudão e Oriente Médio, clamando pelo fim das guerras. “Que as armas se calem em todo o mundo e se ouça o clamor dos povos, que pedem paz”, suplicou o Papa.
Este Jubileu das Forças Armadas faz parte das atividades do Ano Santo em Roma, que reúne milhares de peregrinos em busca de indulgências. Delegações de países como Espanha, Colômbia e Itália marcaram presença no evento.
Ele teve dificuldades respiratórias devido a um quadro de bronquite.
Ele exortou as forças armadas a “defender sempre a vida” e alertou contra o “veneno da propaganda do ódio”.
Ele mencionou Ucrânia, Palestina, Israel, Sudão, Mianmar e o Oriente Médio.