Nesta terça-feira, 31 de dezembro, as ruas de São Paulo serão novamente palco de uma das corridas mais tradicionais do mundo: a 99ª edição da São Silvestre. Este evento, que reúne atletas de elite e corredores amadores, marca o encerramento do ano com uma celebração de resistência, superação e história. Não por acaso, a prova é considerada um dos maiores símbolos do atletismo brasileiro e internacional.
A trajetória histórica da são silvestre
Desde sua criação em 1925 pelo jornalista Cásper Líbero, a São Silvestre tem sido mais do que uma competição esportiva. Por exemplo, em suas primeiras edições, apenas brasileiros podiam participar, mas, a partir de 1945, corredores estrangeiros foram incluídos. Esse o ampliou significativamente a visibilidade e a competitividade do evento.
Aliás, a história da prova é marcada por feitos notáveis. Entre 1981 e 1986, Rosa Mota, de Portugal, conquistou seis títulos consecutivos, tornando-se a maior vencedora da competição. Além disso, Paul Tergat, do Quênia, brilhou entre 1995 e 2000, vencendo cinco vezes na categoria masculina, reforçando o domínio queniano.
O desafio Brasileiro: fim do jejum de vitórias
Embora o Brasil tenha uma longa tradição na prova, não vence desde 2010, quando Marílson Gomes dos Santos conquistou o título masculino com o tempo de 44m07s. No feminino, o jejum é ainda maior: Lucélia Peres foi a última brasileira a vencer, em 2006, com 51m23s.
Nesse contexto, é importante lembrar que o Quênia consolidou seu domínio, acumulando impressionantes 17 vitórias na categoria masculina e 18 na feminina. Portanto, a missão dos brasileiros este ano é ainda mais desafiadora.
Expectativas para a edição de 2025
No entanto, o Brasil aposta em nomes promissores para mudar essa história. Entre eles, Daniel Nascimento, na categoria masculina, e Jenifer do Nascimento, no feminino, destacam-se como principais esperanças nacionais. Ambos vêm se dedicando intensamente aos treinos e prometem surpresas diante de uma concorrência tão acirrada.
Além disso, a São Silvestre não é apenas sobre competição. A prova simboliza superação, reunindo pessoas de diferentes idades e histórias em um percurso que mistura tradição e emoção. Para muitos, cruzar a linha de chegada é, por si só, uma grande vitória.
A são silvestre: um evento de impacto global
Por outro lado, é impossível ignorar a dimensão internacional do evento. Todos os anos, a corrida atrai participantes de dezenas de países, o que reforça sua relevância no calendário esportivo global. Além disso, a prova é amplamente transmitida, projetando a cidade de São Paulo como um importante centro de eventos esportivos.
Em suma, a 99ª edição da São Silvestre promete ser memorável. Seja pela busca do Brasil por encerrar seu longo jejum de vitórias, seja pela celebração da diversidade entre os competidores, a prova continua a emocionar. Resta saber se, desta vez, o Brasil conseguirá encerrar o ano com um triunfo histórico, voltando ao topo do pódio e renovando o orgulho nacional.
Perguntas frequentes
O Brasil não vence a São Silvestre desde 2010 na categoria masculina e 2006 na feminina. Esse jejum se deve, principalmente, ao domínio de atletas africanos, especialmente quenianos, que possuem estratégias, treinamentos específicos e histórico de sucesso em corridas de rua.
Uma curiosidade interessante é que a São Silvestre inicialmente era realizada apenas com atletas brasileiros. Somente a partir de 1945, atletas estrangeiros puderam competir, o que transformou a prova em um evento internacional.
O Quênia lidera o ranking de vitórias na São Silvestre, com 17 títulos masculinos e 18 femininos. Esse domínio começou a se intensificar nos anos 1990, quando Paul Tergat venceu cinco vezes entre 1995 e 2000, consolidando o país como uma potência no atletismo mundial.